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Servidores: Reajuste fica para depois do carnaval

DIVULGAÇÃO-SSM

O prefeito Duarte Noguei­ra Júnior (PSDB) recebeu, na manhã desta quinta-feira, 28 de fevereiro, das mãos de Laer­te Carlos Augusto, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/ RP), e de diretores da entida­de, a pauta de reivindicações da campanha salarial da ca­tegoria, cuja data-base é 1º de março. A reunião ocorreu no gabinete do chefe do Executivo, no Palácio Rio Branco, sede da prefeitura. O secretário munici­pal da Casa Civil, Nicanor Lo­pes, também participou.

Segundo Duarte Nogueira, o objetivo da administração é proporcionar um diálogo amplo e público sobre as negociações. “Vou tomar ciência das deman­das e encaminhá-las ao Comitê de Política Salarial e, após o fe­riado de carnaval, darei sequên­cia nas questões que envolvem os pleitos dos servidores e na capacidade do município em atendê-los”, disse.

As negociações devem co­meçar na quinta-feira, 7 de março, mas devem se estender por vários dias, já que o próprio prefeito tem anunciado, desde outubro do ano passado, que a situação financeira da prefeitura é delicada – o tucano já chegou a anunciar cortes e medidas de contenção de despesa, além da suspensão de dívidas com for­necedores. Já o sindicato diz que a arrecadação de impostos au­mentou junto com o crescimen­to populacional e que há espaço para o reajuste.

A categoria pede reajuste de 5,48% – são 3,78% de reposi­ção da inflação acumulada en­tre fevereiro de 2018 e janeiro deste ano – com base no Índice Nacional de Preços ao Consu­midor Amplo (IPCA), indexa­dor oficial usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta­tística (IBGE) –, e mais 1,7% de aumento real. O mesmo percen­tual (5,48%) será cobrado sobre o vale-alimentação da categoria e no auxílio nutricional dos apo­sentados e pensionistas.

A pauta foi elaborada depois de 15 assembleias setoriais reali­zadas durante o mês de fevereiro, com todas as secretarias e autar­quias da administração munici­pal. Além dos itens econômicos, os trabalhadores também vão cobrar do governo mais inves­timentos em condições de tra­balho, contratações, pagamento dos dez dias de férias em pecú­nia, entre outros tópicos.

No ano passado, depois de dez dias de greve, que terminou em 19 de abril, foi concedido re­ajuste salarial de 2,06% com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, com acréscimo de 20% de ga­nho real, totalizando 2,5% de aumento. O mesmo percentual foi aplicado no vale-alimenta­ção, que passou de R$ 862 para R$ 883,55, aporte de R$ 21,55, e na cesta básica nutricional dos aposentados. Os dias parados não foram descontados, mas a categoria teve de repor o perío­do de greve.

O percentual de 2,5% foi o mais baixo em cerca de 13 anos – em 2005, na gestão de Welson Gasparini (PSDB), a categoria aceitou abono de R$ 120 e, em 2007, aumento de 3%. A para­lisação foi a segunda mais longa da história da categoria, já que em 2017 a greve durou três se­manas (21 dias). Em 2018, o sin­dicato pedia reajuste de 10,8%, mesmo índice de reposição so­bre o valor atual do vale-alimen­tação e da cesta básica nutricio­nal dos aposentados.

No ano anterior, já na gestão Duarte Nogueira, os servido­res aceitaram aumento salarial de 4,69% em duas parcelas – a primeira ficou fixada em 2,35% no mês de março e 2,34% para setembro. Também receberam uma reposição de 4,69% em parcela única retroativa a março no vale-alimentação e na cesta básica nutricional dos aposenta­dos. Nenhum dia foi descontado dos grevistas.

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