A campeã olímpica portuguesa Rosa Mota, ícone mundial das maratonas, esteve em Ribeirão Preto para participar das gravações do documentário Zeferina – Maria Brasileira, produzido pela Grattitude Films. A visita marcou um reencontro simbólico entre duas trajetórias ligadas pela corrida. Foi na década de 1980, ao assistir, pela televisão da vizinha, à vitória de Rosa na São Silvestre que Maria Zeferina Baldaia decidiu que também queria ser corredora. Anos depois, em 2001, Rosa enviou uma carta para parabenizar Maria por sua vitória na tradicional prova de São Paulo. Agora, quase 25 anos depois, a portuguesa voltou ao Brasil para entregar uma nova carta em cena registrada para o documentário. Mesmo enfrentando desafios de saúde, Rosa fez questão de aceitar o convite. Ela se emocionou com a oportunidade.
“Muito feliz de voltar ao Brasil, essa terra de um povo tão querido que sempre me recebeu tão bem. Ainda mais numa ocasião tão especial como essa de poder gravar para o filme da minha amiga Maria Zeferina”, disse a campeã olímpica. Rosa, que foi seis vezes campeã da São Silvestre e conquistou o ouro olímpico na maratona em Seul, em 1988, participou da gravação em pontos emblemáticos de Ribeirão Preto, como o Teatro de Arena Jaime Zeiger.
Para Maria Zeferina, estar frente a frente com sua maior inspiração foi a realização de um sonho. “Eu me tornei corredora porque vi a Rosa vencer. Ela me mostrou que era possível sonhar. Agora, estar diante da minha inspiração é muito emocionante”, contou a corredora. O documentário, que estreia em dezembro de 2025 – ano em que a Corrida de São Silvestre realiza sua 100ª edição –, narra a trajetória de Maria Zeferina Baldaia, conhecida como a “Corredora dos Canaviais”. A produção resgata sua origem simples no interior paulista, os desafios enfrentados até chegar ao pódio e sua relação de inspiração com nomes de peso do atletismo mundial, como Rosa Mota e Margarete Okayo.