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16 de abril de 2024 | 20:04
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A saúde pública no Brasil – parte 5

O orçamento do governo federal destinado à saúde pública no Brasil é vultoso. Essa verba, se bem administrada, quer dizer com competência e hones­tidade poderia proporcionar um nível de assistência à saúde pública dentro de um padrão no mínimo razoável. Os orçamentos estaduais e municipais seguem as leis federais que estabelecem um percentual mínimo a serem incorporados aos recursos federais completam o montante destinado a financiar a assistência médica tanto preventiva quanto curativa.

A preventiva compreende as vacinas destinadas a toda a população desde as gestantes, os recém-nascidos, as crianças menores e maiores, os adolescentes, os adultos e os idosos (acima de 60 anos). As campanhas visam orientar a popula­ção a atender os chamados para serem vacinados. Convém dizer e ressaltar aqui, que o Brasil apresenta inúmeras deficiências em muitos aspectos, mas no setor de vacinação sempre fomos muito eficientes e competentes. As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) em todo o país possuem equipes capacitadas para vacinar a população não só durante as camp anhas, mas o ano inteiro conforme as necessi­dades da população.

Existe inclusive a Carteira de Vacinação disponível para qualquer pessoa e que deveria ser um documento tipo RG ou CNH (Carteira Nacional de Habili­tação) e que a pessoa devia portar junto com os seus documentos pessoais. Na Carteira Nacional de Vacinação estão registradas todas as vacinas que a pessoa tomou e se está em dia com as vacinas.

Infelizmente poucas pessoas no Brasil portam esse importante documento de grande importância não só para documentar as datas de todas as vacinas rece­bidas, como em caso de qualquer atendimento de urgência e ou de emergência. Existe também, infelizmente um conceito completamente equivocado de que “vacina é coisa de criança”. Não é verdade.

Vacinas são remédios preventivos e devem ser recomendadas para todas as pes­soas conforme as idades. Assim, por exemplo, além das vacinas recomendadas para os bebezinhos antes de nascer, os recém-nascidos e daí até a terceira idade.

As pessoas com 60 anos ou mais devem receber as seguintes vacinas, que são oito ao todo: vacina contra a gripe, pneumocócica, tríplice bacteriana, hepatite B, febre amarela, herpes zoster, meningocócica e tríplice viral. Como se vê, um ido­so com a sua carteira de vacinação em dia está muito bem protegido e certamen­te não será acometido por muitas doenças, algumas potencialmente graves.

Quanto às grávidas, crianças e adolescentes o Ministério da Saúde disponi­biliza o Calendário Nacional de Vacinação com todas as vacinas que devem ser administradas conforme a idade e constitui um esquema protetor contra muitas doenças próprias da idade. Felizmente as mães brasileiras sempre têm sido muito cuidadosas com suas crianças e as campanhas de vacinação infantil quase sempre têm sido um sucesso.

Já os adultos infelizmente não têm comparecido para as vacinas como reco­mendado e eles muitas vezes nem sabem da existência da Carteira Nacional de Vacinação. E aí infelizmente o governo tem falhado na comunicação social visan­do conscientizar essa população para os cuidados preventivos com a sua saúde.

E como sempre formatamos nosso material científico e educativo com perguntas e respostas para melhor facilitar o entendimento dos nossos leitores. E hoje, vamos responder a algumas perguntas formuladas pelos nossos leitores.

01. Tomei a primeira dose da vacina contra a covid e foi a coronavac, mas não fui tomar a segunda dose na data certa. Posso tomar a segunda dose de outra vacina?

Não. Se você perdeu a data da segunda dose, que no caso da Coronavac é de três semanas, você deve aguardar uma nova convocação para agendamento dos que perderam a segunda dose.

E se, por ventura já ultrapassou esse prazo, você deve entrar em contato com a Secretaria Municipal da Saúde para receber orientações ou então entrar em contato com a UBS mais próxima da sua residência onde você será informado de como deve proceder. Uma coisa é certa: você precisa receber a segunda dose para ficar protegido contra essa doença tão grave. Não perca a segunda dose de jeito nenhum.

02. Não tomei nenhuma dose da vacina porque fiquei com medo. Que que eu faço?
Não tenha medo. A vacina é muito segura. (Continua na próxima semana)

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