A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,11% em agosto deste ano. A taxa é inferior ao 0,19% registrado em julho, mas superior à deflação (queda de preços) de 0,09% de agosto do ano passado. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 6 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indexador acumula taxas de inflação de 2,54% no ano e de 3,43% em doze meses.
Três entre nove grupos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram deflação em agosto. Os destaques foram as quedas de 0,35% nos custos com alimentação e bebidas e de 0,39% nas despesas com transportes. Os gastos com saúde e cuidados pessoais diminuíram 0,03%. Houve desaceleração no ritmo de alta do plano de saúde, de 0,79% em julho para 0,03% em agosto, enquanto o item higiene pessoal teve recuo de 0,75%, embora menos intensa do que no mês anterior, quando caiu 2,01%.
Na direção contrária, as despesas aumentaram nos grupos habitação (1,19%), vestuário (0,23%), artigos de residência (0,56%), despesas pessoais (0,31%), educação (0,16%) e comunicação (0,09%). O grupo alimentação e bebidas saiu de uma ligeira alta de 0,01% em julho para um recuo de 0,35% em agosto, dentro do IPCA. A contribuição do grupo para a inflação saiu de zero para -0,09 ponto percentual no período.
Os alimentos para consumo no domicílio recuaram 0,84% em agosto. A contribuição negativa mais intensa no grupo foi do tomate, que ficou 24,49% mais barato no mês, um impacto de -0,08 ponto percentual para a inflação. As famílias também pagaram menos pela batata-inglesa (-9,11%), hortaliças e verduras (-6,53%) e carnes (-0,75%). Por outro lado, houve reajuste nos preços das frutas (com alta de 2,14% e impacto de 0,02 ponto percentual) e da cebola (alta de 7,05% e contribuição de 0,01 pp). Os custos da alimentação fora de casa subiram 0,53% em agosto, com pressões da refeição (0,52%) e do lanche (0,47%).
Baixa renda
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de consumo de famílias com renda até cinco salários mínimos (R$ 4,99 mil), registrou inflação de 0,12% em agosto deste ano. A taxa é superior ao INPC de julho deste ano (0,10%) e de agosto do ano passado, quando não registrou variação. Com o resultado, o indicador acumula taxas de inflação de 2,68% no ano e de 3,28% em doze meses.
Em agosto e no acumulado do ano, o INPC registrou inflações mais altas do que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial, e que teve índices de 0,11% no ano e de 2,54% no ano. No acumulado de doze meses, o INPC ficou abaixo do IPCA, que acumula inflação de 3,43% no período. Segundo o indexador, os produtos alimentícios tiveram deflação (queda de preços) de 0,49% em agosto, enquanto os não alimentícios registraram inflação de 0,39% no período.