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16 de abril de 2024 | 15:42
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Sociedade civil deve cuidar da cidade

Nesta semana, a AEAARP lançou a campanha para arrecadação de mais 6 toneladas de EPS, que muitos conhecem pela marca registrada Isopor. Nosso limite de 6 toneladas é apenas uma meta inicial, baseada na ideia de superar as primeiras 6 toneladas que a cidade já conseguiu alcançar. Por que abraçamos esta causa junto com o Grupo Ciclos, um grupo de amigos que criou o projeto Embalo sustentável EPS? Porque é a sociedade civil que preci­sa se movimentar se quiser uma cidade mais amigável, mais verde, com mais qualidade de vida e com seus moradores amigos dos espaços públicos.

Ao longo das mais de sete décadas de vida da AEAARP, engenheiros, arquitetos e agrônomos da nossa associação sempre atuaram no sentido de ofertar à cidade estudos e ações capazes de gerar valores para a sociedade. É assim que pensamos em valorizar as profissões que integram esta entidade. Neste período, a AEAARP já lançou várias campanhas ou movimentos visan­do a contribuir com o debate sobre o desenvolvimento de Ribeirão Preto e a segurança e qualidade de vida.

Segue esta filosofia a campanha Civilidade nas Ruas, que objetiva não apenas sensibilizar a sociedade para a importância do descarte correto dos resíduos domiciliares e das empresas, mas chamá-la a participar desse “cui­dado” com a cidade e o meio ambiente. Ela – a sociedade civil, que engloba os cidadãos em geral, as empresas e, mais detalhadamente, os jovens, as crianças, as organizações religiosas, educacionais, industriais, as entidades representativas e inúmeras outras instituições – já faz muito e reúne muitas experiências inovadoras. Por isso, trouxemos para a Campanha Civilidade nas Ruas as boas experiências que já vêm gerando valor para Ribeirão Preto. É o caso do projeto Embalo Sustentável EPS concebido e executado pelos amigos do Grupo Ciclos que, certo dia, se incomodaram com o “isopor”que chegava nas suas casas e decidiram buscar uma solução sustentável para ele.

A solução foi instalar postos de coleta do EPS na cidade e os desafios que vieram daí são vários. Dentre eles, sensibilizar a população para a causa, orientar sobre a possibilidade de reciclagem deste material (composto por 3 a 5% de plástico e o restante é ar), mobilizar empresas e famílias a encaminha­rem as peças de EPS para os postos de coleta e, mais que isso, fazer com que a cidade se sinta responsável e comprometida com esta ação.

O pioneirismo do projeto fez com que o grupo de amigos conquistasse, para a cidade, uma extrusora que retira o ar do EPS e diminui em cerca de dez vezes o volume do material. Volume, aliás, era um problema para o ar­mazenamento e o transporte, uma vez que o EPS de Ribeirão Preto é levado por caminhões para a indústria que o recicla no interior de Santa Catarina.
A meta da campanha Civilidade nas Ruas de chegar logo às próximas 6 toneladas de EPS depende de cada cidadão que vive, estuda ou trabalha em Ribeirão Preto. Mas o resultado desta ação é para toda a cidade e próximas gerações. O fato de destinar corretamente o EPS é uma condição multipli­cadora. A empresa e os cidadãos que adotam o hábito nunca se restringem a descartar corretamente apenas o EPS e acabam por relacionar-se com o meio ambiente de forma consciente.

A AEAARP e os parceiros disponibilizarão nas redes sociais vídeos de moradores da cidade, engenheiros, arquitetos e agrônomos desta associação com conteúdo didático sobre a ação. Abraçamos um desafio que só será superado se a cidade também abraçá-lo. Mas, os novos tempos mostram que, mais do que nunca, unir a expertise de cada um – incluindo nossas crianças – é uma estratégia imbatível. Por falar em crianças, elas estão também estre­lando na campanha. Os canais @civilidadenasruas e @aeaarp no Facebook e Instagram estão disponibilizando vídeos enviados voluntariamente por pais que já estão contribuindo com as 6 toneladas.

A campanha Civilidade nas Ruas é permanente e funciona como um grande guarda-chuva na medida em que adota temas pertinentes ao meio ambiente e qualidade de vida com objetivo de sensibilizar e mobilizar a cida­de para o cuidado e respeito com a cidade.

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