Tribuna Ribeirão
Economia

Vendas do comércio
caem 0,9% em agosto

Alfredo Risk/Arquivo
Nem o Dia dos Pais segurou a baixa em agosto

As vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto recuaram 0,9% em agosto na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrado crescimento de 0,5% em relação a 2023. Nem o Dia dos Pais segurou a baixa.

Foi a segunda queda consecutiva – houve retração de 0,6% em julho, interrompendo sequência de cinco altas seguidas, com elevação de 1,5% em fevereiro, 1% em março e abril, 1,5% em maio e 1,7% em junho.

O comércio de Ribeirão Preto espera crescimento médio de até 1,5% nas vendas neste mês devido ao Dia do Cliente, celebrado em 15 de setembro. No mesmo período do ano passado, a alta foi de 0,5% Havia recuado 2% em janeiro e fechou 2024 com ganho de 4% em dezembro. 

O setor fechou o ano passado com crescimento de 6,54%, ante alta de apenas 0,72% em 2023 e ganho de 5,01% em 2022.

O levantamento é do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido por Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão e Região (Sincovarp) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL RP). 

“Trata-se da segunda queda consecutiva e, desta vez, preocupa um pouco mais porque o Dia dos Pais é uma data sazonal relevante do calendário varejista e não foi suficiente para assegurar uma variação minimamente positiva em agosto.

Isso é indicativo de que o fim de ano do comércio de Ribeirão Preto não será fácil”, alerta Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV.



Empregabilidade – Em agosto, a variação entre vagas de trabalho abertas e fechadas, no varejo local, ficou estável na comparação com o mesmo período de 2024 que, por sua vez, registrou queda de 0,6% em relação ao ano anterior.

“A boa notícia é que parou de cair. Muito com a ajuda dos mutirões de empregabilidade do programa Emprega Mais Ribeirão. A expectativa é de que, com o período de contratações de temporários para o fim de ano, tenhamos uma retomada do emprego no setor ainda que em patamar abaixo do ideal”, observa o pesquisador.

Índice de Confiança – Considerando uma escala de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança do Varejo Sincovarp/CDL RP de curto prazo (sempre olhando para os três meses seguintes), ficou em 2,6 pontos em agosto (abaixo dos 2,8 de julho), considerado regular.

O longo prazo (doze meses) está em 2,3 pontos (contra 2,9 do período anterior), considerado de pessimista a regular.

Fatores macroeconômicos – Segundo Diego Galli Alberto, a desaceleração econômica observada nesse segundo semestre atingiu em cheio o varejo.

“Apesar da leve deflação de -0,11%, em agosto, puxada pelos itens habitação e alimentação, o acumulado do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) segue extrapolando a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional. Isso desestimula o consumo porque os preços continuam altos”, analisa Galli.

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