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Vítimas de tremor passam de 42 mil

O terremoto que abalou o sul da Turquia e o norte da Sí­ria, no dia 6 de fevereiro, alcan­çou a marca de quinto evento extremo mais letal do século. O número de mortos ultrapas­sou 42.000 nesta quinta-feira (16). Foi o pior abalo sísmico desde 1939 na região.

Superou o tremor de 11 de março de 2011, que provocou um tsunami no Japão, matan­do cerca de 20 mil pessoas, e o de 6,6 graus de 26 de dezembro de 2003, no Irã. Em 8 de outu­bro de 2005, mais de 73 mil pessoas morreram vítimas de terremoto de 7,6º no Paquis­tão. Em 12 de maio de 2008, terremoto de 7,8 graus na Chi­na matou 87.600.

O pior evento extremo foi o terremoto de 7 graus na Escala Richter que destruiu o Haiti, em 13 de janeiro de 2010, causan­do 316.000 mortes. O segundo foi o terremoto de 9,3 graus na Escala Richter, em Sumatra, na Indonésia. Seguido de tsunami, em 26 de dezembro de 2004, no Oceano Índico, que causou cer­ca de 230 mil mortes.

Eram 42.187 mortes confir­madas e mais de 90.000 feridos nos países até esta quinta-feira – 36.187 na Turquia, informa a Autoridade de Gestão de De­sastres e Emergências (AFAD), e mais de 6.000 na Síria. Os números consideram os ba­lanços fornecidos pelo gover­no nacional e por grupos de resgate que atuam no noro­este do país, controlado por jihadistas e rebeldes.

O terremoto ocorreu na madrugada do dia 6, no po­voado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, per­to da fronteira com a Síria. Cerca de 1.500 réplicas foram registradas após o primeiro tremor. Milhares ainda estão desaparecidos. Dez dias após o terremoto, as forças de resgate ainda conseguem tirar pessoas com vida debaixo das milhares de toneladas de escombros.

Nesta quinta-feira, uma adolescente de 17 anos, identi­ficada pela agência de notícias turca Anadolu como Aleyna Olmez, foi resgatada ainda viva na cidade de Kahramanmaras, uma das mais afetadas pelo tremor. Foram quase 250 horas sob os destroços de um prédio que desabou.

Olmez foi retirada já com o auxílio de uma equipe médica, que colocou máscara de oxigê­nio e soro nela. Seu estado de saúde ainda não era conhecido até a última atualização desta notícia. As buscas continuam na Turquia e na Síria.

Os resgates, quase inacredi­táveis, incentivam as centenas de equipes de resgate que se revezam em turnos curtos de descanso na busca por sobrevi­ventes ou corpos de vítimas. A triste cifra superou, em apenas dez dias, o número estimado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de vítimas, no total, por conta do terremoto.

Pior catástrofe natural
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o terremoto foi a “pior catástrofe natural” em 100 anos na região europeia. “Estamos testemu­nhando o pior desastre natural na região da Europa da OMS em um século e ainda estamos medindo sua escala”, disse Hans Kluge. Cerca de 26 mi­lhões de pessoas “precisam de assistência humanitária” nos dois países.

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