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18 de abril de 2024 | 19:31
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Economia

Exportação de açúcar recua na região de RP

As exportações de açúcar na região de Ribeirão Preto caíram 12% na comparação entre o acu­mulado de 12 meses. De julho de 2016 a junho do ano passado, as vendas chegaram a US$ 934,5 bilhões. Entre julho de 2017 até junho de 2018, foram vendidos ao exterior US$ 822,5 bilhões, US$ 112 bilhões a menos.

Os dados do Boletim Co­mércio Exterior do Centro de Pesquisa em Economia Regio­nal (Ceper) da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabili­dade e Economia (Fundace) com base nos indicadores do Comércio Exterior (Comex) do Ministério de Desenvolvimen­to, Comércio e Indústria.

A queda ocorreu principal­mente em função das vendas para a China, que elevou as ta­rifas sobre a importação do pro­duto brasileiro. Paralelamente, a produção de açúcar tem dis­parado na Índia e na Tailândia, agravando a pressão no merca­do internacional.

“A produção de açúcar deve cair mais com maior o aumento da produção de etanol. E ainda temos outro fator preocupante para o setor que é a definição do novo governo brasileiro e de que forma será conduzido o teto dos preços internos da gasolina, o que pode tornar o etanol bem menos competiti­vo nas bombas”, avalia o pes­quisador do Ceper Luciano Nakabashi, coordenador de es­tudos sobre comércio exterior, realizado em conjunto com as pesquisadoras Francielly Al­meida e Armando Henrique.

Na contramão, a expor­tação de soja seguiu em alta na região, com aumento de 17,44% no período analisado. As vendas do grão brasileiro no mercado externo têm registra­do valores substanciais ao lon­go de 2018, resultado da colhei­ta recorde, da quebra de safra na Argentina e da expectativa de aumento das exportações para a China, diante da guerra comercial travada entre o país asiático e os Estados Unidos.

O destaque na região ficou com o amendoim não torra­do, que registrou quase 60% de aumento nas vendas ex­ternas. O item papel e cartão apresentou queda de 6,77%, e as exportações de carne não apareceram entre os princi­pais produtos nos últimos 12 meses, já que sofreram com a paralisação dos caminhonei­ros e os embargos comerciais, como no caso da União Euro­peia para com o frango.

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