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Estoque de sangue continua ‘crítico’

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 Unidade tem registrado uma média de 15 doações por dia, número muito abaixo das 60 diárias necessárias para manter o cenário em níveis seguros

Déficit chega a 75%; instituição pede o apoio imediato da população para reverter essa situação e garantir que vidas possam ser salvas



Mesmo com campanhas regulares e grande mobilização em datas pontuais, a escassez de sangue continua sendo um problema recorrente no Brasil. No momento, o GSH Banco de Sangue de Ribeirão Preto opera com os estoques 75% abaixo do ideal e faz um apelo à população: todos os tipos sanguíneos são necessários com urgência.

Hoje, a instituição conta com reservas para apenas seis dias de atendimento, quando o recomendado são 18 dias de cobertura, o que pode comprometer o atendimento a procedimentos médicos e hospitalares que não podem ser interrompidos.

Segundo especialistas da instituição, a falta crônica de sangue tem múltiplas causas e se agrava pelo descompasso entre doações e demandas médicas.

“É uma conta que não fecha. Os hospitais funcionam 24 horas, todos os dias, com cirurgias de alta complexidade, procedimentos eletivos e atendimentos de emergência, como os inúmeros acidentes de trânsito registrados diariamente”, explica Micheli Caligioni, captadora de doadores do GSH Banco de Sangue.

Além disso, doenças sazonais como gripes e resfriados tornam muitos doadores temporariamente inaptos, enquanto a correria do cotidiano faz com que a doação acabe sendo adiada ou esquecida por grande parte da população.

Atualmente, o banco de sangue recebe cerca de 15 doações por dia, quando o necessário seriam ao menos 60 doações diárias para manter os estoques em níveis minimamente seguros. Em setembro, segundo a instituição, o déficit de sangue tipo O negativo (O-) estava em 70% – o ideal seriam 30 bolsas diárias, e a média era de oito a dez coletas deste tipo sanguíneo.

Em relação ao estoque geral (todos os tipos sanguíneos), o rombo chegava a 65% – são necessárias 60 bolsas diariamente, porém, a média não passava de 20 por dia.

Ou seja, a situação no GSH Banco de Sangue de Ribeirão Preto piorou neste início de outubro.

“Estamos enfrentando um momento extremamente delicado. Por isso, é fundamental que os doadores habituais retornem e que novos voluntários se conscientizem da importância desse gesto.

Doar sangue é um ato simples, rápido, seguro e salva vidas”, reforça Micheli Caligioni.

O GSH Banco de Sangue funciona de segunda a sábado, das sete às 12 horas.

O endereço é rua Quintino Bocaiúva nº 975, Vila Seixas. Informações pelos telefones (16) 3977-5900 | WhatsApp: (16) 99702-0830.

Todos os tipos sanguíneos são necessários neste momento, principalmente os de Rh negativo, que são os que mais estão em falta.

Essencial – O sangue O negativo é considerado o “doador universal”, pois pode ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo em situações de risco, quando não há tempo para testes de compatibilidade.

Ele é indispensável em casos de acidentes graves, cirurgias de urgência, complicações obstétricas e no tratamento de doenças crônicas, como o câncer.

Além disso, o Ministério da Saúde recomenda seu uso prioritário em recém-nascidos com até quatro meses de idade, tornando sua disponibilidade ainda mais fundamental. Embora o apelo seja para doadores

O negativo, todos os tipos sanguíneos são necessários. A queda no número de doações pode afetar o atendimento a centenas de pacientes diariamente.

Mesmo quem não sabe qual o seu tipo sanguíneo pode doar, pois, no procedimento de doação é realizado o teste de tipagem.

Para doar, basta comparecer à unidade, ou agendar previamente. O GSH Banco de Sangue A unidade atende a doze hospitais públicos e privados da região. Uma doação pode salvar quatro vidas. A instituição atende doze hospitais na região.

A doação de sangue proporciona chance de vida e esperança aos pacientes internados que necessitam de transfusões. Entre eles, os que têm anemia falciforme, os que estão em tratamentos de câncer, além das vítimas de acidentes de trânsito e queimaduras, pacientes que serão submetidos a cirurgias de médio e grande porte, como cardíacas e transplantes.



Requisitos – Entre outros, um dos requisitos básicos para ser um doador é ter entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação). Para os menores (entre 16 e 18 anos), é necessário o consentimento dos responsáveis. 

Entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos.

Também deve estar em boas condições de saúde, pesar no mínimo 50 quilos e não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas doze horas. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto.

Hemocentro – Quem quiser pode doar no Hemocentro deve comparecer ao campus da Universidade de São Paulo (USP) e na rua Quintino Bocaiúva nº 470, perto da Unidade de Emergência do Hospital as Clínicas, das 7h30 às 13 horas.

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