Bruna Rocha e Gabriel de Sousa (AE)
O deputado federal e agora escolhido como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos (PSOL-SP), usou as redes sociais para agradecer pela nomeação e destacar seus objetivos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O anúncio foi feito na segunda-feira (20), e a nomeação foi oficializada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 21 de outubro. ”Agradeço ao presidente @lulaoficial pelo convite para ser ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República”, escreveu.
O convite foi feito há pelo menos cinco meses. Boulos afirmou que levará ao Palácio do Planalto o aprendizado adquirido ao longo de sua trajetória nos movimentos sociais. Antes de ingressar na política institucional, o novo ministro foi líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Ele também destacou que sua principal missão será ampliar o diálogo com a população.
“Minha primeira tarefa será ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”. Com a nomeação de Boulos, esta é a 13ª troca de comando no primeiro escalão do governo Lula desde o início do terceiro mandato, em 2023.
Boulos substitui Márcio Macêdo (PT), ex-tesoureiro da campanha de Lula em 2022. Ele enfrentava desgaste interno e sua saída já era dada como certa por aliados. A confirmação da troca foi comunicada pessoalmente por Lula na semana passada.
Para anunciar oficialmente a mudança, o presidente realizou uma publicação nas redes ao lado dos políticos. ”Convidei o deputado @GuilhermeBoulos para assumir o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Ele vai substituir o companheiro @MarcioMacedoPT, a quem agradeço por todo o trabalho realizado para a ampliação e o fortalecimento da participação social em nosso governo”, escreveu o presidente. Boulos usou as redes sociais para agradecer o convite para ocupar o cargo no Executivo.
Eleito deputado federal pelo PSOL de São Paulo com mais de um milhão de votos, disse que a missão dele agora será a de “ajudar a colocar o governo na rua”, ouvindo as demandas populares.
“Minha grande escola de vida e de luta foi o movimento social brasileiro e levarei esse aprendizado agora ao Planalto. Presidente, sua confiança será honrada com muito trabalho”, acrescentou.
À frente da Secretaria-Geral da Presidência da República, ele terá como função principal auxiliar o presidente em suas atribuições, articulando e dialogando com a sociedade civil – em especial os movimentos sociais, as organizações não governamentias (ONGs), entidades de classe e a juventude. Boulos tem 43 anos e uma trajetória política voltada ao ativismo urbano.
Com a nomeação dele para a Secretaria-Geral, a cadeira deixada por ele na Câmara dos Deputados deve ser ocupada pelo físico Ricardo Galvão (Rede-SP), atual presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ele teve 40.365 votos nas eleições de 2022 e é o primeiro suplente da coligação partidária.

