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Hong Kong contabiliza
 94 mortos em incêndio

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Até o momento, 94 óbitos foram confirmados e ainda há mais de 70 feridos

O incêndio que atingiu um complexo de prédios residenciais na quarta-feira, 26 de novembro, em Hong Kong já é o mais mortal em décadas na região. Até o momento, 94 óbitos foram confirmados e ainda há mais de 70 feridos.

A última vez que um incêndio de proporções semelhantes havia sido registrado em Hong Kong foi em 20 de novembro de 1996, quando 41 pessoas morreram em um prédio comercial no distrito de Kowloon. O combate às chamas durou cerca de 20 horas.

No caso do incêndio que atingiu o complexo Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po, o combate ao fogo durou mais de 24 horas. As autoridades locais disseram nesta quinta-feira, 27 de novembro, que as chamas foram extintas em quatro edifícios e estão sob controle em outros três, cada um com 31 andares.

Nas janelas dos prédios carbonizados e em ruínas, era é possível ver pequenas chamas alaranjadas. Com o incêndio quase totalmente controlado, os bombeiros percorrem os apartamentos com lanternas, em meio à fumaça densa, à procura de vítimas que ainda não tenham sido resgatadas.

O chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, disse nesta quinta-feira que 270 pessoas ainda não foram localizadas.

No entanto, não se sabe se elas estão presas nos escombros ou se conseguiram buscar abrigo em outro lugar. 

”[Os socorristas estão] enfrentando altas temperaturas e subindo cuidadosamente andar por andar, realizando buscas minuciosas e tentando resgatar pessoas o mais rápido possível”, disse o vice-diretor do Corpo de Bombeiros, Wong Ka Wing.

“Não descartamos a possibilidade de resgatar mais feridos.”

Um bombeiro está entre os 94 mortos. Outras 72 pessoas ficaram feridas e mais de 900 foram resgatadas e levadas para abrigos temporários. Apesar de estarem em segurança, muitos moradores seguem aflitos. Lawrence Lee, que foi levado a um abrigo, perdeu contato com a mulher e acredita que ela ainda esteja presa dentro do apartamento.

“Quando o incêndio começou, eu disse a ela por telefone para escapar. Mas assim que ela saiu do apartamento, o corredor e as escadas estavam cheios de fumaça e tudo estava escuro, então ela não teve escolha a não ser voltar para o apartamento”, afirmou.

Já Winter e Sandy Chung, que viram faíscas voarem enquanto fugiam, disseram estar preocupados com sua casa.

“Não consegui dormir a noite toda”, afirmou Winter.

A principal suspeita é de que o fogo tenha começado em andaimes de bambu e redes de proteção de obra instalados nos prédios. Apenas um dos oito edifícios do complexo, que abrigava milhares de pessoas, não foi atingido.

As autoridades acreditam que alguns materiais das paredes externas não atendiam aos padrões de resistência ao fogo, o que permitiu a propagação rápida das chamas.

Os agentes também encontraram isopor – altamente inflamável – nas janelas de cada andar, próximo ao hall do elevador, na única torre que não foi afetada.

Dois diretores e um consultor de engenharia de uma construtora foram presos por suspeita de homicídio culposo.

“Temos motivos para acreditar que os responsáveis pela construtora foram extremamente negligentes”, disse a superintendente sênior da polícia de Hong Kong, Eileen Chung.

O nome da empresa à qual os três homens estão vinculados não foi divulgado. No entanto, policiais cumpriram um mandado de busca no escritório da Prestige Construction & Engineering Company, que, de acordo com a Associated Press, era responsável pelas reformas no Wang Fuk Court. Caixas de documentos foram apreendidas. Procurada pela AP, a empresa não atendeu às ligações.

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