Tribuna Ribeirão
Geral

A busca por doadores de plaquetas

ANDREI TEIXEIRA DA SILVA é um dos raros doadores de plaquetas

Constantemente ouvimos campanhas para doação de san­gue, independente do tipo. Ge­ralmente com os esforços des­sas campanhas, a população atendei chamado. Mas existe outro tipo de doação, tão im­portante quanto a de sangue, que não é tão conhecida, mas é necessária: a doação de pla­quetas. Uma das dificuldades em se conseguir doadores de plaquetas é por conta do tempo em que doador passa na sala de coleta. Enquanto o sangue é doado em minutos, na plaqueta a espera pode ser de até duas horas.

Na doação de sangue nor­mal, é coletada uma bolsa de sangue com até 450 ml e esta bolsa é fracionada em até três hemocomponentes (hemácias, plaquetas, plasma ou criopre­ciptado). Na doação de plaque­tas é coletado um hemograma do doador para avaliação da quantidade em seu organismo (contagem de plaquetas). Após o resultado é feita a relação com o peso e a altura e assim saber se ele pode doar plaque­tas por aférese (doação em uma máquina) e a quantidade que poderá ser coletada. Após este resultado, o doador é cadastrado e triado, estando tudo correto ele é liberado para coleta.

A doação de plaquetas por aférese é realizada por meio de uma máquina que extrai o san­gue do doador. Esse procedi­mento tem por objetivo separar as plaquetas dos demais compo­nentes sanguíneos, assim serão doadas apenas as plaquetas e os demais componentes retornam para o doador. Este processo ocorre em vários ciclos (nor­malmente de 09 a 11). E dura em torno de uma hora e meia a duas horas.

Segundo o Banco de San­gue de Ribeirão Preto, o proce­dimento “é muito seguro, todo material utilizado é estéril e des­cartável, o sangue não entra em contato com a máquina, pois é utilizado um kit descartável para cada doador e desta forma pode-se dizer que o sangue per­corre durante esse procedimen­to em um sistema “fechado” pre­servando a segurança do doador e do paciente que precisará desta doação”, informa a entidade.

Por passar mais tempo no local de doação, os postos de co­letas enfrentam dificuldades em encontrar doadores de plaque­tas. “O doador precisa ter pelo menos 3 horas disponíveis para completar todo o processo da doação. Como muitos possíveis doadores trabalham em horário comercial, fica difícil compare­cer ao Banco de Sangue por este período”, explica Micheli Cali­gioni, captadora de doadores do Banco de Sangue de Ribeirão.

Além disso, os critérios para ser um doador são um pouco di­ferentes de um doador normal. Considerando que para ser um doador de plaquetas precisa ter uma veia “mais calibrosa” e pos­suir a quantidade de plaquetas suficientes para realizar a doa­ção. Isso torna os doadores de plaquetas muito especiais, tanto pelos critérios para ser um doa­dor quanto pela causa.

Campanhas – Com essas dificuldades e particularidades, os profissionais da triagem e da coleta ficam atentos aos doa­dores de sangue que têm veia calibrosa, imprescindível para doação de plaquetas, abordam o doador para falar sobre esta possibilidade e junto com a equipe de captação esclarecem as dúvidas sobre todo o proce­dimento e identificam as pre­ferências dele para ser doador de plaquetas (horários e dias da semana mais favoráveis).

Diferente da doação de sangue que pode ser feita em intervalos de três meses para homens e quatro meses para mulheres, o intervalo para a doação de plaquetas. é de 21 dias. Isso porque o organismo repõe as plaquetas doadas em até 24h. Mas, por segurança do próprio doador é estabelecido um prazo maior.

Plaquetas, como são utiliza­das – As plaquetas por aférese são transfundidas em pacientes com câncer submetidos à quimiote­rapia, radioterapia, transplante, entre outros. São responsáveis pela coagulação e essenciais para evitar ou conter sangra­mentos. Uma doação de pla­quetas por aférese possui uma quantidade equivalente entre 8 a 20 doações convencionais. Ou seja, um doador pode equivaler de 8 a 20 doadores.

Como se trata de um com­ponente especial, utilizado principalmente em pacientes de transplante o estoque varia de acordo com a necessidade. O Banco de Sangue de Ribeirão, por exemplo, atualmente preci­sa manter duas bolsas em esto­que por dia. Lembrando que as plaquetas possuem validade de apenas cinco dias, portanto é ne­cessário fazer este tipo de coleta com frequência.

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