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A casa (pública) própria

Na próxima quarta-feira, dia 23 de janeiro, a Secretaria da Admi­nistração conclui a licitação para a comercialização de 24 áreas públicas da prefeitura. O objetivo da venda é a construção de um centro admi­nistrativo para a cidade. A soma dos valores mínimos atribuídos às áreas oferecidas à venda é de aproximadamente R$ 70,7 milhões e será utilizada exclusivamente para a construção do centro administrativo de Ribeirão Preto. Será uma construção nova com valor agregado de grande importância para a cidade.

Quem acompanha a vida política de Ribeirão Preto, mesmo que apenas pelos veículos de informação e por suas notícias divulgadas, sabe que a maioria dos prefeitos da cidade, ao menos os das últimas cinco dé­cadas, desejou ter na cidade um centro administrativo capaz de abrigar a prefeitura e suas secretarias, departamentos e órgãos municipais. Mais do que um simples desejo, eles divulgaram a vontade e muitos tomaram medidas para que o prédio, praticamente único para toda a administra­ção, se tornasse uma realidade.

Os antigos armazéns da Ceagesp, na marginal da avenida Bandei­rantes, por exemplo, foram adquiridos com essa finalidade, na gestão do ex-prefeito Luiz Roberto Jábali, sem que se chegasse à construção, certamente não por falta de vontade dos gestores, mas em função da inexistência de recursos. Muito já se falou também de locais ideais para a construção do prédio capaz de centralizar as atividades administrativas do Executivo.

Também já se pensou na construção por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), mas como há limitações orçamentárias nesta modalidade de financiamento os estudos acabaram não evoluindo para a prática. O fato é que a necessidade existe. Tanto que vários gestores já tomaram alguma medida por sua realização. E em uma comparação bem simples, é como se fosse a construção ou a aquisição da casa própria por uma família após anos de pagamento de aluguel.

No caso particular não é só o valor financeiro que importa, mas a tranquilidade de um teto garantido. Já no caso da prefeitura representa a possibilidade de economia de recursos, não apenas dos valores de loca­ção pagos mensalmente, mas também de transporte e, principalmente, tempo dos servidores. Benefícios que se somam à melhoria no atendi­mento público, onde os munícipes terão em só local a solução para suas demandas diárias, sem se deslocar de um ponto a outro, com dispêndios que poderão ser evitados.

Mas também a economia de recursos públicos é significativa. Atual­mente a prefeitura paga aproximadamente R$ 356 mil por mês por mais de 40 imóveis locados. No início da nossa gestão o valor era de R$ 500 mil por mês. Por ano, o valor chega hoje a R$ 4,27 milhões (e já foi de R$ 6 milhões), um montante que poderia ser utilizado em serviços e obras importantes para a população. Como visto, são vários os fatores que levam a prefeitura a perseguir esse projeto do centro administrativo.

E o principal entrave para se chegar à desejada edificação é a falta de recursos financeiros. Com a venda dos imóveis, hoje sem utilização pela Administração Municipal, reuniremos as condições para a construção. O valor mínimo definido para a venda pode ser ampliado pelos interessa­dos na aquisição, uma vez que são áreas de vários tamanhos e em dife­rentes pontos da cidade. São muitas as opções à disposição. Há terrenos com pouco mais de mil metros quadrados e os que passam dos 15 mil metros. E valores mínimos que vão de R$ 543,53 mil a R$ 8,98 milhões.

Os primeiros e importantes passos para chegarmos à construção de nossa unidade administrativa estão dados. Outras necessidades virão. Vamos vencer todas elas para dar a Ribeirão Preto esse prédio que muito representará para a cidade como um todo.

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