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A Colômbia e sua Literatura (12): Francisco Antonio Zea 

Rosemary Conceição dos Santos* 

De acordo com especialistas, Francisco Antonio Zea foi um estadista colombiano que realizou sua educação primária no Seminário de Popayan, ingressando, em 1786, no Colégio de San Bartolomeu de Bogotá. Lá ele escreveu para o “Papel Periódico”seu “Hebephilo”, convidando jovens para o estudo da natureza. Em 1789, quando José Celestino, sábio Mutis, se aposentou da academia conhecida como Expedition botanica, Zea foi nomeado seu sucessor. Em 1794, com Antonio Narifio, ele foi implicado na circulação dos “Droits de l’homme”, enviado para a Espanha e mantido por dois anos como prisioneiro na fortaleza de Cadiz. Embora absolvido em 1799, ele foi enviado para a França em uma missão científica, pois o governo desejava mantê-lo longe de Nova Granada. Em seu retorno, em 1803, ele ainda estava proibido de retornar ao seu país, e foi nomeado diretor do gabinete botânico de Madri. 

Eleito membro de várias sociedades científicas espanholas, Zea foi editor do “Mercuric de Espafia” e do “Semanario de Agricultura”. Em 1808, ele abraçou a causa francesa, foi nomeado escrivão chefe do secretário do interior e depois prefeito de Málaga. Após a retirada dos franceses da Espanha, ele foi para a Inglaterra e Jamaica, juntando-se a Bolívar no Haiti em 1815. Ele acompanhou o libertador em sua expedição à Venezuela em março de 1816, sendo nomeado intendente geral do exército. Zea foi escolhido por Bolívar em 1817 como membro do conselho de estado em Angostura, fundou com o Dr. Roscio o “Correo de Orinoco” e, em 1819, quando o congresso de Angostura se reuniu, ele foi eleito seu presidente. 

Durante a ausência de Bolívar em sua expedição a Nova Granada, Zea ficou encarregado do executivo como vice-presidente até que ele renunciou, em 14 de setembro de 1819, em consequência das intrigas do general Arismendi. Após a proclamação da Colômbia como uma república, Bolívar foi eleito presidente e Zea vice-presidente. Em 1820, ele foi como ministro para a Inglaterra e França; mas suas negociações financeiras foram infelizes. 

Ele foi o autor de “Las Quinas de Nueva Granada” (Madri, 1805): “Descripcion del Salto de Tequendama” (1806): e “Historia de Colombia” (Paris, 1821). Um trecho de “Las Quinas…”? “Es bien sabido que la quina fue recibida en Europa con aplausos extraordinarios; que tanta aceptación se convirtió bien pronto en vilipendio; y que siendo desde entonces objeto de disputas y contradicciones, ha tenido alternativamente sus épocas de abatimiento y de gloria.  Semejantes vicisitudes en el específico de más uso y de mejor eficacia, traen inquietos a los profesores, que ni hallan medios de conciliar los dictámenes de los grandes maestros, ni más razones para adherir a los que lo exaltan que a los que lo deprimen. Apenas tenían los Botánicos alguna idea de la Quina hasta el año 64 en que por las noticias del autor y esqueletos de la especie que reinaba ya en la Medicina corrigió Linneo el carácter genérico diseñado por la estampa y descripción de otra distinta publicada por la Condamine.”. Tradução: “É sabido que o suco foi recebida na Europa com aplausos extraordinários; que tanta aceitação logo se transformou em difamação; e desde então, sendo objeto de disputas e contradições, teve alternadamente momentos de desânimo e glória. Tais vicissitudes nos específicos mais utilizados e mais eficazes, deixam os professores inquietos, que não encontram meios de conciliar as opiniões dos grandes mestres, nem mais motivos para aderir aos que os exaltam do que aos que os deprimem. Os Botânicos mal tinham ideia do que seria um suco até o ano de 64 quando, com base nas notícias do autor e nos esqueletos das espécies que já reinavam na Medicina, Linnaeus corrigiu o caráter genérico desenhado pela estampa e descrição de um diferente., publicado pela Condamine”. 

Cumpre esclarecer que a primeira quina que se conheceu e que, pelos seus prodigiosos efeitos sobre os intermitentes, mereceu extraordinária apreciação, foi a laranjada. Sendo esta espécie extremamente rara por certos motivos alheios ao controle da matéria, não é de estranhar que tenha sido quase extinta quando teve maior vôo no comércio, e a casca da árvore que se achou mais semelhante foi substituída em seu lugar. 

 Professora Universitária* 

 

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