Tribuna Ribeirão
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A paz de Cristo e a paz do mundo 

Mário Palumbo *
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“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14:27)

O mundo impõe a paz através da violência e da opressão. Quando os “Herodes” do mundo creem que uma criança recém-nascida possa ameaçar o seu poder, aí usa-se de toda a truculência contra os inocentes para salvar o poder.

Gaza não pode ser dos palestinos, tem que ser resort para os privilegiados que detém 90% da riqueza mundial e o restante que se dane.

Nesses dias chega-se ao impensável: toda criança palestina em Gaza é uma ameaça para Israel. Assim se expressa um político de Israel: “Toda criança em Gaza é um inimigo. Todos os bebês, não o Hamas. Não podemos deixar uma única criança em Gaza.” (fonte: iclnoticias.com.br)

Desde os tempos romanos se falava “se quiser a paz, prepara a guerra” e assim o mundo se arma com armas mais letais até a destruição da vida humana na Terra. Homem lobo para outro homem continua querendo dominar e aniquilar o que ele acha como ameaça. Acha-se dominador do outro e por isso tem o poder de eliminá-lo. Assim acontece nas relações conjugais quando alguém crê ter o direito de apropriar-se do outro.

Não é assim com a paz de Cristo, que se baseia no amor ao próximo que se faz serviço e dom para outro.

“Eu vos dou a minha paz, não como o mundo a dá”.

As primeiras comunidades cristãs deixavam os pagãos maravilhados pois se encantavam ao ver os cristãos se amarem mutuamente até com o dividir os bens para que ninguém passasse necessidade entre eles. Esta é a paz de Cristo, baseado no diálogo e no amor que se faz perdão.

Os novos “Herodes” podem continuar matando, mas o sangue dos inocentes ao gritar vingança ao trono de Deus, conseguem a “vingança” do Crucificado-Ressuscitado que do céu derrama o amor e o perdão e intervém com seu amor: “Pai perdoa-os, não sabem o que fazem”.

Apesar da tormenta da violência, o amor vencerá: o amor é mais forte do que a morte. Nós cristãos acreditamos em novas terras e novos céus onde a Jerusalém celeste descerá como noiva e apagará e enxugará todas as lágrimas, e nela habitarão pacificamente palestinos e israelitas.

* Professor e padre casado 

  

 

 

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