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Bye-bye Brasil!

Atordoa e nos envergonha a pesquisa que o Datafolha realizou há poucos meses e que apurou: 62% dos jovens brasileiros deixariam o País. Isso se pudessem. Os que podem já foram. Entre os adultos, 43% gostariam de sair do Brasil em definitivo.

O que significa?

Isso representa um contingente de 70 milhões de pessoas. Só entre os que têm de 16 a 24 anos, são 19 milhões, ou o equivalente a toda a população de Minas Gerais.

O número dos que já partiram não deixa de crescer. Em 2017, foram 3.366 os brasileiros que conseguiram visto americano. Quantos não continuam a sair de suas cidades e tentam a forma clandestina de entrar, tão disseminada antes do Governo Trump?

O Consulado Geral de Portugal emitiu 50 mil conces­sões de cidadania desde 2016. No mesmo período, dobrou o número de vistos para estudantes, empreendedores e aposen­tados que pretendem morar em Portugal. O Consulado da Itália, que fica na Avenida Paulista, ostenta todos os dias úteis uma fila enorme de interessados na obtenção da cittadinanza.

Os que tiveram o privilégio de um curso de nível superior, o percentual é de 56% e na classes A/B, são 51%. Percentuais que representam uma decepção da cidadania mais lúcida, em relação às promessas de um País progressista e humano, em que todos tivessem oportunidade de autorrealização.

Talvez o nojo maior desses brasileiros em diáspora seja o da política partidária! Território minado, em que não há observância de regras mínimas de civilização. O troca-troca partidário, estimulado por uma Justiça imprevisível e flexível, a abundância de partidos que se sustentam às custas do povo, mediante estratégias espúrias como o Fundo Partidário, não ajudam a acreditar no Brasil.

O pior é que não se vislumbra mudança, diante da me­diocridade das campanhas eleitorais, baseadas em interesse paroquial e imediato, com aqueles discursos rançosos que a juventude não suporta mais.

Há quem diga que só o Messias poderia salvar o Brasil, tal o estado agônico em que se encontra. Mas há quem diga que só o Padre Eterno. O Filho não teria destino diferente daquele encontrado na Judeia há mais de dois mil anos.

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