Por: Adalberto Luque
Dois dos investigados pela morte do empresário Nelson Francisco Carreira Filho, 44 anos, tiveram juntos um canal no YouTube dando dicas de empreendedorismo. Marlon Couto Paula Júnior de 26 anos e Tadeu Almeida Silva de 42 anos, criaram o canal há quatro anos.
No vídeo onde a dupla se apresenta, eles falam um pouco de suas vidas pessoais. Marlon disse que era empreendedor desde os tempos de criança, que comprava celulares com problemas, arrumava e vendia.
Falou que tinha três empresas, duas físicas e uma virtual, com faturamento médio de R$ 300 mil. E prometia dicas para que os novos empreendedores não desistissem de realizar seus sonhos. Disse que era de origem humilde, seu pai era frentista e a mãe cuidava da casa.
Já Tadeu dizia ser casado há 16 anos à época e pai de três filhos. Ele se apresentava como programador autônomo há mais de 10 anos. Disse que sempre refletia em seu empreendedorismo por conta de ter três filhos para criar e no canal daria dicas de tecnologia.
Prisão
Tadeu se entregou na tarde desta quinta-feira (29). Ele se apresentou ao lado do advogado, Joaquim Romão Neto, na delegacia de Cravinhos. Não prestou depoimento e seguiu para a cadeia de Santa Rosa de Viterbo sem falar com a imprensa.
O advogado informou que seu cliente manifestou intenção de continuar colaborando. Em entrevista coletiva, todavia, o delegado Heitor Moreira Assis, responsável pelas investigações em Cravinhos, disse que Tadeu pode ter participado do planejamento e execução do crime, ao lado de Marlon.
Segundo o delegado, foi Tadeu quem teria contratado uma suposta dedetização de urgência e dispensado todos os funcionários. Mas ele foi até a empresa, onde alega ter ouvido o disparo e visto Nelson caído, com sangramento na cabeça.

A Polícia Civil acredita que ele possa ter participado do planejamento e execução do empresário paulistano. A possível causa seria o uso indevido de uma marca que pertencia a Nelson e que Marlon faria pagamentos mensais entre R$ 90 e R$ 100 mil.
Uma das hipóteses é que Nelson tenha anunciado que faria um reajuste no valor pago por Marlon para usar a marca “Bariatric Golden”. O advogado de Tadeu, que negociou sua apresentação espontânea na delegacia, deve conversar com seu cliente na Cadeia de Santa Rosa de Viterbo, para onde foi levado. Só depois é que a Polícia Civil deve interrogar o homem novamente.
As buscas para capturar Marlon e sua esposa, Marcela Silva de Almeida, continua. Vários endereços ligados aos dois já foram vistoriados. A Polícia Civil também quer localizar a caminhonete que, supostamente, teria sido usada para levar o corpo de Nelson até Miguelópolis, onde, de acordo com Tadeu, fora jogado no Rio Grande, onde Marlon tem um rancho.
Tanto Marlon, quanto Tadeu e Nelson, eram registrados como “atiradores desportivos”. A Polícia Civil quer encontrar o corpo para saber o calibre do tiro que matou Nelson e verificar se há alguma arma desse tipo registrada em nome de Marlon ou Tadeu.
As buscas ainda não começaram porque o Corpo de Bombeiros de Franca, que vai fazer o trabalho, precisa de algumas referências de onde o corpo foi jogado, pois a área é muito grande.
Entenda o caso
Nelson Francisco Carreira Filho, de 44 anos, atua na venda online de suplementos alimentares. Segundo sua família, ele vinha semanalmente a Cravinhos para reuniões de negócios com Marlon Couto.

Em 16 de maio, o empresário paulistano foi a Cravinhos para nova reunião. Desde então não foi mais visto. Ele costumava almoçar com Couto após as reuniões, mas o empresário de Cravinhos disse que Nelson recebeu uma ligação da esposa lembrando sobre um compromisso logo mais à noite e o homem saiu apressado.
Seu carro foi visto em duas praças de pedágio da região, em São Simão e Santa Rita do Passa Quatro, respectivamente às 15h14 e 15h28. Depois câmeras de segurança na avenida Engenheiro Caetano Álvares, no bairro do Limão, também registraram sua passagem por volta das 19h00, quando o condutor teria cometido uma infração de trânsito.
O carro do empresário paulistano foi abandonado em uma rua na zona Norte, próximo de onde ele morava. Estava com os vidros traseiros abertos, sem sinal de arrombamento ou violência.
Câmeras de segurança também registraram um homem magro, com roupas pretas, usando um boné, que foi reconhecido pela família de Nelson. Seria de um clube de motociclistas que o empresário participava.
O então advogado de Tadeu Silva, Renato Savério, disse que seu cliente confirmou ter sido ele quem levou o carro da vítima para a Capital e que usava o boné de Nelson.

A polícia acredita que Marlon tenha, por algum motivo a ser esclarecido, atirado em Nelson na sede da empresa, em Cravinhos. A hipótese mais provável é que ele usava a marca Bariatric Golden em produtos que comercializava. A marca pertence a Nelson, que exigia pagamentos mensais entre R$ 90 e 100 mil para não tirar o site de vendas do ar. Tadeu ouviu o disparo e viu o corpo caído.
Marlon teria ordenado que ele embalasse o corpo, que foi jogado no Rio Grande, próximo a Miguelópolis. O corpo foi, na opinião da polícia, jogado no Rio Grande, mas ainda não foi encontrado. As investigações prosseguem.
No dia 29 de maio, Tadeu trocou de defensor. Saiu o advogado Renato Savério e foi nomeado o advogado Joaquim Romão Neto. No mesmo dia, ele se apresentou e foi levado para a Cadeia de Santa Rosa de Viterbo.
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