Tribuna Ribeirão
Política

CPI ouve diretor de empresa contratada

ALLAN S. RIBEIRO/CÂMARA

A Comissão Parlamen­tar de Inquérito que apura supostas irregularidades na execução da Operação Ta­pa-Buracos ouviu, na manhã desta segunda-feira, 29 de ju­nho, Ricardo Alberto de Cas­tro, diretor da empresa CG Engenharia e Construtora Ltda, responsável pelo servi­ço em Ribeirão Preto.

A oitiva foi realizada por videoconferência e condu­zida pelo presidente da CPI, Alessandro Maraca (MDB), e demais integrantes mem­bros Adauto Honorato, o “Marmita” (Pros), e Orlan­do Pesoti (PDT). Bertinho Scandiuzzi (PSDB) e Mau­ricio Gasparini (PSDB), que não integram a comissão, também participaram.

No depoimento, o diretor afirmou não saber com exati­dão o endereço da empresa em Ribeirão Preto, após questio­namento feito por Maraca que o local indicado é um canteiro de obras. Sobre a composição das equipes, Castro explicou que são formadas normalmen­te por cinco a seis colabora­dores, sendo que o motorista também tem a função de che­fiar a equipe.

Todos os funcionários têm vinculo empregatício com a empresa, sem terceirização. Alegou também que houve uma adaptação na quantidade de funcionários por equipe exigida em contrato, que seriam sete, mas observou que este número não seria necessário, proposta aceita pela prefeitura.

Também informou aos ve­readores que o cronograma de trabalho é fornecido pela prefeitura no dia anterior, e em muitas ocasiões é modificado pouco antes de a equipe ir a campo. Nestes casos, a em­preiteira mantém uma equipe flexível. Essa falta de crono­grama com maior tempo não dá a possibilidade de a em­presa se programar quanto ao material, deixando o ser­viço menos ágil e produtivo.

O diretor também declarou que houve um atraso significa­tivo nos pagamentos pela pre­feitura de Ribeirão Preto e que somente depois da liberação dos recursos os funcionários da empresa voltaram ao traba­lho. Também revelou que há pagamentos atrasados. “Exis­tem duas notas fiscais pagas e três pendentes e a terceira ven­ce amanhã (hoje)”, completou.

A CPI do Tapa Buracos foi criada em 2018 após denúncias de que este serviço não obede­ceria às normas técnicas exigi­das, como o recorte do local a ser fechado. Durante a oitiva, a comissão apresentou fotos de diligencias realizadas anterior­mente pelos membros da co­missão, foi apontado erros em marcações para recortes.

Entretanto, o diretor afir­mou que as marcações são realizadas em conjunto com o fiscal da prefeitura e dois fis­cais da empresa, não sabendo explicar sobre este fato em es­pecífico.
Alessandro Maraca afirmou que a CPI continuará seus trabalhos para que 100% das normas técnicas sejam cumpridas pela prefeitura.

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