O número de mortes pelo novo coronavírus em São Paulo chegou a 6.980 nesta quinta-feira, 28 de maio, com 268 óbitos em 24 horas – onze a cada 60 minutos –, aumento de 4% em relação aos 6.712 falecimentos computados até quarta-feira (27). Também há 95.865 pessoas com diagnóstico de covid-19 no estado, aumento de 7,1% ante os 89.483 casos registrados no dia anterior, com 6.382 pacientes infectados em 24 horas.
Os novos 6.382 representam novo recorde em 24 horas. O pico anterior, de 4.092 casos novos em um dia, havia sido alcançado há duas semanas, no dia 15 de maio. A taxa de letalidade é de 7,3%. Há pelo menos uma ocorrência de Sars-CoV-2 em 517 das 645 cidades paulistas (80,1%). Destas, 257 tiveram no mínimo uma vítima fatal (39,8%).
Nesta quinta-feira, o estado registrava um total de 18.955 altas de pacientes que tiveram confirmação de covid-19 e foram assistidos em hospitais no território paulista. O número é 2,7 vezes maior que o total de mortes pelo novo coronavírus. É também 51% superior ao total de pessoas internadas. São 12.506 pacientes em hospitais de São Paulo, sendo 4.701 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs, 37,6%) e 7.805 em enfermarias (62,4%).
A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento à covid-19 é de 77,4% no estado e de 89,2% na Grande São Paulo. Entre as vítimas fatais estão 4.091 homens (58,6%) e 2.889 mulheres (41,4%). Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 72,8% das mortes. Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (1.595 do total), seguida por 60-69 anos (1.554) e 80-89 (1.294).
Também faleceram 445 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (976 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (501), 30 a 39 (261), 20 a 29 (57) e 10 a 19 (18), e onze com menos de dez anos. Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (58,7% dos óbitos), diabetes mellitus (43%), doença neurológica (11,2%), doença renal (10,4%) e pneumopatia (9,4%).
Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática. Esses fatores de risco foram identificados em 5.636 pessoas que faleceram (80,7%). O diretor do Instituto Butantã e membro do Comitê de Contingência do Coronavírus, Dimas Covas – também comanda o Hemocentro de Ribeirão Preto –, afirmou na quarta-feira que sem as medidas de isolamento, o Estado teria 950 mil casos confirmados do novo coronavírus.