Tribuna Ribeirão
Saúde

Estado ultrapassa 1.500 mortes por coronavírus

© REUTERS / Lindsey Wasson/Direitos reservados

O novo coronavírus já pro­vocou 1.512 mortes em São Paulo, segundo balanço divul­gado nesta sexta-feira, 24 de abril. Em um dia foram confir­mados 167 novos óbitos, apro­ximadamente sete por hora – eram 1.345 na quinta-feira (23), aumento de 12,4%. Saltou para 124 o número de cidades com pelo menos uma vítima fatal da covid-19, dez a mais que o re­gistrado no dia anterior – atu­almente, 19,2% dos 645 mu­nicípios paulistas registraram óbitos por causa da doença.

Atualmente, a covid-19 já é verificada em 41% do territó­rio estadual. O estado registra 17.826 casos confirmados da doença, distribuídos em 269 municípios – eram 16.740 na quinta-feira, um acréscimo de 1.086 pessoas infectadas, alta de 6,5%. Desde anteontem, mais treze cidades passaram a ter pelo menos uma pessoa infectada. A taxa de letalidade está em 8,5%.

Diariamente, cresce no in­terior, litoral e outras cidades da Grande São Paulo, com re­dução expressiva da concentra­ção na capital, que nesta data corresponde a 66% dos casos e mortes do estado. Das 1.512 mortes, 502 ocorreram nas de­mais regiões (34%). Do total de casos, 6.026 ocorreram fora da cidade de São Paulo.

Entre os infectados, há 6.453 suspeitos e confirmados internados em hospitais de São Paulo – 2.477 em Unida­des de Terapia Intensiva (UTI, 38,4%) e 3.976 em enfermaria (61,6%). A taxa de ocupação dos leitos para atendimentos de covid-19 em UTI no esta­do está em 57,7%, aumento superior a dois pontos per­centuais nas últimas 24 horas. O aumento é de quase três pontos na Grande São Paulo, onde a taxa é de 76,9% nesta sexta-feira.

Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais, es­tão 890 homens (58,86%) e 622 mulheres (41,14%). Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 75,8% das mortes. Observando faixas etárias sub­dividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (387 do total), segui­da por 60-69 anos (337) e 80-89 (303). Também faleceram 120 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (189 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (104), 30 a 39 (54), 20 a 29 (15) e 10 a 19 (três).

Os principais fatores de ris­co associados à mortalidade são cardiopatia (59,9% dos óbitos), diabetes mellitus (42,7%), pneu­mopatia (13,2%), doença renal (12,1%) e doença neurológica (11,3%). Outros fatores identifi­cados são imunodepressão, obe­sidade, asma e doenças hemato­lógica e hepática. Esses fatores de risco foram identificados em 1.261 pessoas que faleceram por covid-19 (83,3% do total).

Mundo
Segundo a Universidade Johns Hopkins, que compi­la dados da covid-19, o total de mortos no mundo era de 194.664 e o de pessoas con­taminadas de 2.780.094 nesta sexta-feira. A taxa de letalida­de é de (7%). Os Estados Uni­dos chegaram à marca de 50 mil vidas perdidas em razão da pandemia. O país concen­tra o maior número de vítimas fatais e o maior contingente de pessoas infectadas em todo o mundo, com 50.360 mortos e 884.004 pessoas infectadas desde o começo da crise.

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