Tribuna Ribeirão
Política

INSS bloqueia descontos de empréstimo consignado 

Waller Junior determinou o bloqueio de novos descontos do consignado para todos os beneficiários independente da data de concessão do benefício (Antonio Cruz/Ag.Br. )

O novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Junior, determinou o bloqueio de novos descontos de empréstimo consignado para todos os beneficiários independente da data de concessão do benefício.  
 
De acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 8 de maio, os descontos poderão ser desbloqueado pelos segurados, de acordo com os serviços disponibilizados pelo INSS para essa finalidade 
 
A medida segue a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), que negou na quarta-feira (7) recursos da gestão anterior do INSS e de entidades sindicais sobre acórdão do ano passado que determinou uma série de obrigações para evitar fraudes em descontos aos aposentados e pensionistas.   
 
No primeiro semestre de 2024 a fiscalização já apontava que nem todos os descontos foram autorizados pelos aposentados. Uma das medidas, em junho de 2024, foi a determinação para que os novos descontos de associações só pudessem ser feitos com assinatura eletrônica avançada e biometria, ou se houvesse confirmação da existência dos documentos exigidos pela norma vigente.  
 
No entanto, os ex-gestores do órgão continuaram autorizando novos descontos nos benefícios. O presidente do INSS afirmou ainda que o plano de ressarcimento está em fase final e deve ser entregue até a próxima semana. A Advocacia-Geral da União (AGU) criou um grupo especial para recuperar o dinheiro descontado irregularmente.  
 
Gilberto Waller afirmou ontem que o último levantamento mostra que, se 100% das associações tivessem fraudado descontos a beneficiários do INSS, chegaria a cerca R$ 5,9 bilhões. “Provavelmente, não serão 100% de descontos associativos que são fraudados”, pontuou. 
 
Investigações apontam que entidades sindicais cadastravam beneficiários sem autorização para descontar mensalidades, com envolvimento de servidores que recebiam propina para liberar os dados. Na segunda-feira (5), o presidente do INSS disse que o governo irá cobrar o ressarcimento dos conglomerados de empresas envolvidos nos descontos indevidos. 
 
A Controladoria-Geral da União (CGU) chamou para si a responsabilidade por apurar eventuais irregularidades administrativas cometidas por doze organizações civis suspeitas de se apropriar, ilegalmente, de parte das aposentadorias e pensões pagas a milhões de beneficiários do INSS. 
 
Waller disse ainda que a responsabilidade em ressarcir aposentados que possam ter sido alvo de fraudes em operações de crédito consignado não é do governo federal, mas das instituições financeiras com que esses aposentados fizeram esse contrato. 
 

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