Reportagem publicada nesta segunda-feira, 4 de janeiro, pelo jornal Valor Econômico, afirma que o ex-ministro Antonio Palocci estaria “praticamente quebrado”. A matéria do jornalista André Guilherme Vieira diz que o ex-ministro dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil) e ex-prefeito de Ribeirão Preto teve seu nome protestado em ao menos dois cartórios.
“Uma das pendências financeiras envolve o não pagamento de uma conta de celular da concessionária Oi no valor de R$ 199,63, correspondente ao mês de setembro de 2018. Um dos apartamentos de Palocci, nos Jardins, em São Paulo, com valor de mercado estimado em cerca de R$ 10 milhões, tem condomínios e o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em atraso”, afirma o texto.
De acordo com a matéria, o ex-ministro também teria deixado de pagar parte dos honorários devidos a seus defensores em razão de sua situação financeira. Ela descreve que a Projeto, firma de consultoria de Palocci que lhe rendeu R$ 81,3 milhões em serviços pagos por 47 empresas até novembro de 2016, hoje enfrenta uma ação trabalhista no valor de R$ 280 mil movida pela ex-sócia Rita de Cassia dos Santos.
O processo tramita na 11ª Vara de São Paulo. Alvo da Lava-Jato em setembro de 2016, Palocci está com suas contas bloqueadas, uma delas com saldo de R$ 30 milhões, e sua delação pode vir a ser anulada, em razão da inconsistência de provas apresentadas. Ele foi condenado a nove anos e dez dias de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Em setembro de 2016, ele foi preso na Operação Omertà, desdobramento da Lava Jato. Para se livrar da prisão, fechou acordo de delação com a Polícia Federal, homologado pelo desembargador Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. No dia 29 de novembro de 2019, o ex-ministro deixou a prisão dois anos e três meses depois de detido para cumprir pena provisória em regime prisional semiaberto domiciliar, com tornozeleira eletrônica.