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Juro do rotativo sobe para 450,6% 

Pixabay  Juro médio do rotativo do cartão de crédito subiu em fevereiro para 450,6% ao ano: endividamento das famílias avançou para 48,7% em janeiro  (Pixabay)  

O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 9,6 pontos percentuais entre janeiro e fevereiro, de 441,0% (dado revisado) para 450,6% ao ano, informa o Banco Central. A taxa do parcelado passou de 174,6% (dado revisado) para 181,8% ao ano.

Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 78,7% (dado revisado) para 85,2%. O Congresso definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal da dívida. O teto para os juros e encargos da modalidade passou a valer em janeiro de 2024.

As concessões de crédito livre dos bancos caíram 3,0% em fevereiro, na comparação com janeiro, para R$ 518,7 bilhões. No acumulado de doze meses, crescem 15,6%. Os dados não incorporam ajustes sazonais. Concessões para pessoas físicas recuaram 4,8%, para R$ 284,7 bilhões.

No acumulado de doze meses, avançam 13,3%. As concessões para empresas caíram 0,8% no mês, para R$ 234,0 bilhões. Em 12 meses, têm alta de 18,4%. A taxa média de juros no crédito livre passou de 42,2% em janeiro (dado revisado) para 43,7% em fevereiro, informou o BC. Em fevereiro de 2024, a taxa era de 40,3%.

O juro médio do crédito livre para pessoas físicas passou de 53,9% em janeiro para 56,3% em fevereiro. A taxa média cobrada das empresas passou de 24,1% (dado revisado) para 23,9%. A taxa do cheque especial subiu de 135,6% (dado revisado) para 144,4%. A do crédito pessoal passou de 45,9% para 47,8%.

Os bancos brasileiros oferecem parcelamento de dívidas no cheque especial desde 2018, válida para débitos maiores que R$ 200. Em 2020, o BC passou a limitar os juros do cheque especial a 8% ao mês, ou 151,82% ao ano. O juro médio no crédito para aquisição de veículos caiu de 29,5% em janeiro para 29,1% em fevereiro.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro passou de 48,4% em dezembro (dado revisado) para 48,7% em janeiro. O recorde histórico foi atingido em julho de 2022, com 49,9%. Descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento passou de 30,3% para 30,6%.

O programa Desenrola, encerrado em maio de 2024, promoveu a renegociação de R$ 53,07 bilhões em dívidas, ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Ministério da Fazenda, ele levou a uma queda de 8,7% na inadimplência da população de baixa renda, público prioritário do programa.

Das 15,06 milhões de pessoas atendidas, cinco milhões eram desse grupo e negociaram, somados, R$ 25,43 bilhões em débitos. O comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) passou de 27,0% em dezembro (dado revisado) para 27,3% em janeiro. Sem contar os empréstimos imobiliários, oscilou de 24,7% (dado revisado) para 25,1%.

Crédito para habitação – O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,9% em fevereiro, na comparação com janeiro, informou o Banco Central. O saldo atingiu R$ 1,188 trilhão, uma alta de 13,0% em doze meses. O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física cresceu 0,3% em fevereiro, para R$ 351,475 bilhões. No acumulado de doze2 meses, cresce 18,3%.

Inadimplência – A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com bancos aumentou de 4,4% em janeiro para 4,5% em fevereiro. Foi a segunda alta seguida. A taxa para pessoas físicas ficou estável em 5,6% (dado de janeiro revisado). A de empresas passou de 2,8% para 2,9%.

A inadimplência do crédito direcionado, com recursos da poupança e do BNDES, permaneceu em 1,5% na passagem de janeiro para fevereiro. Considerando o crédito total, que inclui o livre e o direcionado, a taxa passou de 3,2% para 3,3%.
 

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