Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (Marp), inaugurado em 22 de dezembro de 1992, vai completar 30 anos de existência
O Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (Marp), inaugurado em 22 de dezembro de 1992, está em clima de comemoração de de seus 33 anos de existência. Fica na rua Barão do Amazonas nº 323, em frente à praça Carlos Gomes, no Centro Histórico.
Atende de terça a sexta-feira, das nove às 12 horas e das 14 às 18 horas. A entrada é gratuita. Mais informações pelo telefone (16) 3635-2421 ou e-mail [email protected]. Dependendo da exposição, abre aos sábados, das dez às 16 horas.
O Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi está sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Exposições – Atualmente, promove ao menos duas exposições paralelas. A lista traz “Paisagem, mero artifício”, das artistas paulistas Aline Moreno (Campinas) e Corina Ishikura (São Paulo), com curadoria de Marina Frúgoli (assistência de Letícia Castro) e curadoria institucional de Nilton Campos.
Vai até 19 de dezembro, com reabertura de 6 a 16 de janeiro de 2026 A outra mostra, “Ateliê Thirso Cruz | salvaguarda, início de um inventário, ou uma ação artística?”, também vai até 19 de dezembro, com reabertura de 6 a 17 de janeiro. A mostra foi aberta em de agosto como parte da programação do 50º Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo (Sarp), um dos mais importantes salões de arte do interior paulista, com reconhecimento nacional.
A rica história cultural do Marp – Após ampla reforma, o Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi foi inaugurado em 1992 com o objetivo de reunir todo o acervo de artes plásticas da prefeitura, obras do Salão de Artes (Sarp) e do Salão Brasileiro de Belas Artes (Sabbart) adquiridas pelo poder público, bem como as doadas, como o conjunto de produções dos artistas Leonello Berti e Nair Opromolla.

Em 2000, recebeu o nome de Pedro Manuel-Gismondi. Conta com cerca de 1,5 mil obras de todas as linguagens em seu acervo – esculturas, quadros, artesanato, intervenções etc.. Ponto de encontro para quem aprecia arte moderna, o Marp viveu seu auge nos anos 1990, quando abrigou exposições de artistas como Salvador Dali, Candido Portinari, Lasar Segall, Tomie Ohtake e Arthur Bispo do Rosário.
Até o guitarrista dos Rolling Stones, Ron Wood, expôs s suas pinturas no museu, em 1996. Leda Catunda é a artista com mais trabalhos no espaço, onde começou sua carreira, há 35 anos. Desde o começo dos anos 2000, doa uma cópia de todas as gravuras que faz – já são 20 doações.
Atualmente, é o único municipal em condições plenas de visitação – os museus Histórico, do Café, da Imagem e do Som (MIS) e da Segunda Guerra Mundial ou estão fechados, ou atendem precariamente. Durante o ano letivo, graças a uma parceria entre as secretarias municipais de Cultura e Educação, milhares de alunos da rede pública e ensino têm a oportunidade de conhecer o espaço e suas obras.
O prédio onde está instalado o Marp foi construído no início do século passado para ser a primeira sede da Sociedade Recreativa de Ribeirão Preto. O projeto para a sede da Recra é de autoria do arquiteto Affonso Geribello e a execução da obra pelo construtor Vicente Lo Giudice.

O baile inaugural aconteceu em 31 de dezembro de 1908. Aproximadamente em 1922, o terreno ao lado da sede foi adquirido para construção da primeira ampliação, por volta de 1924. Novas adaptações para melhoria das acomodações do prédio, para conforto dos sócios, aconteceram em 1935. Em 1945, foi aprovado pelo Conselho Deliberativo da Sociedade Recreativa a construção de uma nova sede em substituição ao antigo prédio, que deveria ter sido demolido, pois foi considerado inadequado às necessidades do momento – a demolição não ocorreu e em 1951 a Recra instituiu um concurso para projeto de construção da nova sede social em terreno da sede de campo. Em 1956, a antiga sede da Sociedade Recreativa, após reforma efetuada pela prefeitura, passou a ser ocupada pela Câmara de Ribeirão Preto, que funcionava desde 1917 no Palácio Rio Branco, juntamente com o Executivo.
No piso térreo do prédio foram instalados a sala das comissões, da secretaria, dos secretários, da presidência, o arquivo e bar. No piso superior localizava-se a sala de jornalistas, dos vereadores e a das sessões. A Câmara ficou no prédio até 1984, quando foi transferida para o pavimento superior da Casa da Cultura. Após uma grande reforma no antigo prédio da Recreativa e, posteriormente, Câmara, foi inaugurado, em 22 de dezembro de 1992, o Museu de Arte de Ribeirão Preto, que iniciou suas atividades com grandes dificuldades estruturais, mas imprimiu ao longo de seu percurso um perfil voltado à arte contemporânea, com atividades direcionadas a formação de público e recebendo importantes mostras históricas.
O Marp sediou várias exposições com representativos artistas brasileiros, como Alfredo Volpi, Arthur Bispo do Rosário, Bassano Vaccarini, Cristina Barroso, Dudi Maia Rosa, Edouard Fraipont, Fábio Miguez, Francisco Amêndola, Franz Weissmann, Iberê Camargo, Laura Vinci, Leda Catunda, Luiz Hermano, Odilla Mestriner, Paulo Whitaker, Pedro Manuel-Gismondi, Rosana Monnerat, Sandra Cinto, Sérgio Romagnolo, Sérgio Sister, Siron Franco, Tomie Ohtake e tantos outros. Dentre tantos projetos coordenados pelo Marp, destaca-se o Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo (Sarp), um significativo evento nacional, por onde já passaram muitos artistas, assim como já impulsionou a carreira de jovens talentos.
Provenientes do Sarp, os prêmios aquisitivos das edições anuais do salão possibilitaram ao museu um significativo acervo de artistas como, por exemplo, Alex Fleming, Ana Maria Tavares, Beralda Altenfelder, Del Pilar Sallum, Ester Grinspum, Georgia Kyriakakis, Iolanda Gollo Mazzotti, José Damasceno, Leon Ferrari, Marcelo Rocha, Márcia Pastore, Márcia Xavier, Marcos Benjamim, Marina Salene, Maurilima, Pazé, Regina Johas, Rosângela Rennó, Vânia Mignone, entre outros.

