Na TV do passado, muito por força das necessidades, não era tão intransigente como agora a linha divisória do jornalismo e entretenimento.
O vai e vem era sempre comum, entre muitos casos e alguns imprevistos, por exemplo, o do Arley Pereira: ele estava pronto para o júri do Flávio Cavalcanti, vestido e maquiado, quando foi colocado às pressas na bancada do jornal que antecedia o programa. Situação de emergência. Os titulares Íris Letieri e Fausto Rocha, trancados no elevador do prédio ao lado da Tupi, não tinham como chegar e alguém tinha que apresentar no lugar deles. Foi o Arley.
Tudo bem, não fossem alguns pormenores. E nem tanto pelo paletó branco lustroso, gravata borboleta e o cravo vermelho na gola. O problema é que o Arley era um pouco gago.
Está certo. Foi um improviso. Mas essas trocas podem acontecer mais naturalmente, sem as tantas restrições que foram criadas.
Outra situação a do Sérgio Chapelin: saiu da Globo, foi para o SBT apresentar o “Show sem Limite” e, como não deu muito certo, voltou para o “Jornal Nacional” ao lado do Cid Moreira.
Tudo como se nada tivesse acontecido ou sem tantos cavalos de batalha.