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Mulheres ainda ganham menos que os homens 

Média salarial de mulheres no Estado de São Paulo é de R$ 4.516,92 contra R$ 5.803,67 dos homens (Reprodução)

Dados do 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios divulgados pelo Governo Federal apontam que a separação salarial entre homens e mulheres aumentou no Estado de São Paulo. Desde a última pesquisa, em setembro de 2024, a diferença cresceu em 0,55%. Em 2024, os homens recebiam 21,62% a mais. Hoje, a defasagem é de 22,17%.  

De acordo com o relatório, a média salarial de mulheres em São Paulo é de R$ 4.516,92 contra R$ 5.803,67 dos homens. No Brasil, a disparidade também é alta, 20,87%, com um aumento de 0,18% desde o último relatório. 

Em todo país foram analisados 19 milhões de vínculos trabalhistas. O relatório revelou que as menores desigualdades salariais estão em Pernambuco (9,14%), Acre (9,86%), Distrito Federal (9,97%), Piauí (10,04%), Ceará (10,21%) e Alagoas (11,08%). Na outra ponta, estão os estados do Paraná (28,54%), Espírito Santo (28,53%), Santa Catarina (27,96%) e Rio de Janeiro (27,82%). 

O fator racial também segue como um dos maiores problemas no diagnóstico nacional. Por exemplo, mulheres negras ganham, em média, R$ 2.864,39 enquanto mulheres não negras recebem R$ 4.661,06, ou seja, 38% a mais. Em São Paulo, mulheres negras ganham, em média, R$ 3.191,33. 

Um dado positivo do Relatório é que houve um crescimento de 18,2% na participação das mulheres negras no mercado de trabalho. O número passou de 3,2 milhões para 3,8 milhões de mulheres negras empregadas.   

Mais mulheres trabalhando 

Segundo o levantamento, o número de mulheres ocupadas, em todo Brasil, aumentou de 38,8 milhões em 2015 para 44,8 milhões (6 milhões a mais) em 2024. Já o de homens subiu de 53,5 milhões para 59 milhões (5,5 milhões a mais) no mesmo período. 

O relatório também apontou que as mulheres diretoras e gerentes recebem 73,2% do salário dos homens, enquanto as profissionais em ocupação de nível superior recebem 68,5% do salário deles. Já as trabalhadoras de serviços administrativos recebem 79,8% dos salários dos homens. 

O Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios é desenvolvido a partir da Lei nº 14.611/2023, que aborda a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre homens e mulheres no ambiente de trabalho. Pela norma, empresas com mais de 100 empregados devem adotar medidas para garantir essa igualdade, incluindo transparência salarial, fiscalização contra discriminação, canais de denúncia, programas de diversidade e inclusão e apoio à capacitação de mulheres 

 Governo lança guia para Negociação Coletiva Igualitária 

No começo de abril, o Governo Federal lançou o Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial e o Movimento pela Igualdade no Trabalho. O guia traz sugestões e recomendações que contribuem com os processos de negociação coletiva, além de reflexões sobre as discrepâncias que se manifestam no ambiente de trabalho, entre elas, a salarial. 

O Governo Federal também publicou no Diário Oficial da União (DOU) de 8 de abril a Portaria Conjunta que institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens e seu comitê gestor até 2027. A iniciativa envolve onze ministérios com ações voltadas à ampliação e à permanência das mulheres no mercado de trabalho, assim como à ascensão a cargos de direção e gestão e ao enfrentamento às discriminações no espaço profissional. 

  

 

 

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