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O crescente cooperativismo de crédito

A Lei Complementar 130, que instituiu um novo marco regulatório para o Cooperativismo de Crédito, estabeleceu o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo e tive a honra de ser o relator desta matéria que comemora 10 anos de vigência e resultados extraordinários.

Depois como responsável pelo setor dentro da Frencoop apre­sentei emenda que, aprovada, instituiu o FGCoop (Fundo Garanti­dor do Cooperativismo de Crédito) que também neste mês de abril comemorou 5 anos de existência.

Evento realizado na sede da OCB (Organização das Cooperativas do Brasil) comemorou estas datas e os resultados expressivos deste setor dinâmico do cooperativismo.

Menciono dados destacados pelo diretor do Banco Central, Paulo Souza, no evento:
“Se olharmos para a concessão de créditos para pessoas jurídicas, por exemplo, a participação das cooperativas no Brasil passou de menos de 1% em 2005, para mais de 8%.

Com relação aos créditos concedidos a pessoas físicas, na moda­lidade Empréstimo sem Consignação e no Crédito Rural e Agroin­dustrial, a participação das cooperativas mais do que duplicou desde 2005, chegando a uma participação de mais de 14%.

Com relação às taxas de juros, um estudo do Branco Central observou que, de forma geral, nas linhas de crédito em que o risco é maior, as taxas de juros das cooperativas são menores que aquelas do segmento bancário, especialmente nos últimos anos.

Nesse mesmo estudo é afirmado que uma possível explicação para essas taxas cada vez mais competitivas é a crescente profissionalização das cooperativas e o consequente ganho de escala e eficiência”.

Destaco ainda a atuação do FGCoop, Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito, que desde 2013 vem colaborando para a mitigação de riscos inerentes ao sistema.

Estes dados ganham ainda maior relevância quando lembramos da capilaridade do cooperativismo de crédito o que garante que por regiões e segmentos, isto se espalha por todo o País e chega aonde os sistemas tradicionais de crédito não atingem.

Relembro que para manter esta vitalidade e “saudabilidade” deste segmento, temos um compromisso com a Governança Cooperati­va, procedimento de auto regulação devidamente pactuado com o Banco Central.

Vivemos um momento de reorganização do Estado Brasileiro, de implantação das Reformas Estruturais e de um modelo econômico que nos permita retomar o desenvolvimento, temos aí um grande desafio e extraordinárias oportunidades!

O setor de crédito precisa ser também redefinido. Temos um cenário inédito com taxas Selic de um dígito, perspectivas de esta­bilidade e necessitaremos de um sistema menos concentrado, mais desburocratizado, de inovadoras linhas e financiamento.

Isto cria um ambiente muito favorável à ampliação do papel do cooperativismo na oferta do crédito. Para isto, relembro que dentre as Diretrizes Estratégicas do SNCC para o período 2018-2022 propostas pela OCB, já consta o estímulo à intercooperação entre os ramos do cooperativismo, visando tornar as cooperativas de crédito o braço financeiro do cooperativismo. Além disso, também são importantes os ganhos de eficiência que poderão advir de uma maior intercooperação entre os sistemas existentes dentro do próprio ramo de crédito, o que beneficiará, em última análise, todos os cooperados.

Mantendo qualidade na governança, o aspecto humano no aten­dimento ao cooperado e cliente como marca da atividade cooperati­vista, tenho certeza do futuro ainda mais virtuoso que virá!
De minha parte, como cooperativista e parlamentar, reitero minha alegria por ter participado desta história e meu compromisso com o cooperativismo de crédito!

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