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Observatório lança clube de leitura para pessoas privadas de liberdade não alfabetizadas no estado

A iniciativa inédita no sistema prisional paulista é uma parceria com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), por meio da Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" (FUNAP). O Observatório atua com o Clube de Leitura no Cárcere desde 1999, e agora amplia o projeto para pessoas analfabetas e analfabetas funcional (Divulgação)
Apresentado ontem (23), na Penitenciária Dr. Sebastião Martins Silveira de Araraquara, o projeto busca atuar para a diminuição da grave exclusão educacional que impacta diretamente a reinserção social das pessoas privadas de liberdade não alfabetizadas. O Observatório acredita que a implementação de projetos de leitura voltados para essa população no sistema prisional não é apenas uma medida necessária, mas um imperativo social e humanitário.
O projeto piloto será implementado, inicialmente, em quatro unidades conforme a realidade de cada uma. As leituras serão em grupo, em duplas e em audiolivro (com tablets sem acesso à internet), com a participação de mediadores externos formados pelo Observatório. As unidades contempladas são: Penitenciária de Ribeirão Preto, Penitenciária III de Serra Azul, Penitenciária de Araraquara e Centro de Progressão Penitenciária de Jardinópolis.
“O Clube de Leitura para não alfabetizados nasceu de uma parceria que muito nos honra, entre a FUNAP e o Observatório do Livro e da Leitura. Juntos, idealizamos um projeto que respeita a diversidade das trajetórias e dos tempos de cada pessoa e amplia o acesso às ações de educação e cultura no sistema prisional, avalia Alexandre Rodrigues Cabrera, diretor adjunto de Atendimento e Promoção Humana da FUNAP.
Durante a realização do projeto, estão previstos encontros de mediação de leitura, produção de relatório oral e, consequentemente, remição de pena para aqueles que foram avaliados positivamente. Entre outras autoridades, também estiveram presentes ao evento, que aconteceu, não por acaso, no Dia Mundial do Livro, a superintendente de Atendimento e Promoção Humana da FUNAP, Eunice Godinho, e o juiz José Roberto Bernardi Liberal, coordenador do Deecrim 6ª RAJ.
“A ação mostra que quando o Estado, a iniciativa privada e a sociedade se unem para resolver questões importantes, as soluções aparecem e ajudam resolver problemas sérios e graves como os representados pelo altíssimo índice de analfabetos e analfabetos funcionais no sistema carcerário brasileiro”, observa Galeno Amorim, presidente do Observatório.

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