Tribuna Ribeirão
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OMS pede cancelamento de festas de Natal devido ao avanço da Ômicron

FERNANDO FRAZÃO/AG.-BR.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu às famí­lias que repensem o Natal face ao rápido avanço da variante Ômicron. O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para as aglomerações durante a época festiva que se aproxima, lem­brando que elas podem levar a um “aumento de casos, à sobre­carga dos sistemas de saúde e a mais mortes” por covid-19.

“Todos nós queremos vol­tar ao normal. A forma mais rápida de conseguir passa pela tomada de decisões difíceis, por líderes, para defender a todos. Em alguns casos vai significar cancelar ou adiar eventos”, explicou Ghebreye­sus em entrevista coletiva.

“Um evento cancelado é me­lhor do que uma vida cancelada. É melhor cancelar agora e cele­brar depois do que celebrar ago­ra e lamentar depois”, afirmou.

Adhanom explicou que atualmente existem evidên­cias de que esta nova variante está se dispersando significa­tivamente, mais rápido” do que a estirpe anterior, a Delta, causando infeções em pessoas já vacinadas ou que se recupe­raram da covid-19.

“É mais provável que as pes­soas vacinadas ou recuperadas da covid-19 possam ser infecta­das ou reinfectadas”, disse.

Dessa forma, a OMS consi­dera “insensato” concluir que a Ômicron é uma variante “mais branda”. “É insensato pensar que esta é uma variante branda, que não causará doenças gra­ves, porque com os números aumentando, todos os sistemas de saúde estarão sob pressão”, disse Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS.

A organização deu, no en­tanto, alguma esperança ao considerar que a pandemia, que já causou mais de 5,6 milhões de mortes em todo o mundo, poderá acabar em 2022, se 70% da população mundial estiverem vacinados até meados do próximo ano.

“Nós esperamos que essa doença passe a ser relativamen­te branda, que seja facilmente prevenida, que seja facilmente tratada”, disse Mike Ryan, prin­cipal especialista em emergên­cias da OMS. “Se conseguirmos manter a transmissão do vírus ao mínimo, poderemos acabar com a pandemia”, declarou.

Ghebreyesus também afir­mou que a China – país onde o vírus Sars-CoV-2 foi detec­tado pela primeira vez – deve fornecer mais dados relacio­nados à origem da covid-19 para ajudar na futura política de combate a pandemias.

“Precisamos continuar até conhecer as origens, precisa­mos de nos esforçar mais por­que devemos aprender com o que aconteceu para fazer me­lhor no futuro”, disse o diretor­-geral da OMS. “2022 deve ser o ano em que acabaremos com a pandemia”, acrescentou.

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