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Para deixar um legado de valor, é preciso construí-lo a cada dia

FOTO: GABRIEL ARAUJO

O título desse artigo também iniciou a mensagem de boas-vindas do último Relatório Anual de Sustentabilidade MRV&CO. E eu esco­lhi essa afirmativa poderosa não por coincidência – afinal, vou falar aqui de transparência e de responsabilidade.

Esses são assuntos que, felizmente, fazem parte do meu dia a dia. Em décadas de existência da MRV, transparência nunca foi apenas uma ideia, ou uma meta a atingir; pelo contrário, foi sempre uma forma de viver o negócio. Algo muito tangível, que motiva e aciona práticas que vêm avançando ao longo do tempo.

Entendo que os próprios desafios e transformações do mundo cor­porativo exigem essa construção constante; essa visão muito concreta, que precisa ter como alicerces a integridade; a ética nas relações e nas ações; e, especialmente, a consciência de que o papel de uma organi­zação na sociedade é muito maior do que os produtos ou serviços que ela entrega: é muito, muito importante que seus valores e os ideais se materializem em impactos positivos relevantes.

Trazendo como exemplo a própria MRV, o destaque que a pauta ESG tem hoje é reflexo de uma história de evolução – em Gover­nança; em processos e estratégias; na consolidação de um Progra­ma de Integridade efetivo; na conquista de reconhecimentos como o Selo Pró-Ética; na participação ativa em movimentos significa­tivos como o MISEC – Movimento pela Integridade do Setor de Engenharia e Construção.

Vejo, com muito otimismo, que jornadas como essa têm acon­tecido (e se acelerado) cada vez mais em diferentes setores. E falo em otimismo porque sei que para fazer a diferença, temos que fazer acontecer.

É nesse sentido que a MRV é signatária, desde 2016, do Pacto Global da ONU, com compromissos concretos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. E mais, no final de 2021, junto à Rede Brasil do Pacto Global da ONU, fomos pioneiros na adesão ao Movimento Transparência 100%, que mobiliza empresas no combate à corrupção para alcançar os ODS da Agenda 2030.

Quando uma empresa faz parte de algo assim, comprometendo-se publicamente com as cinco metas ambiciosas do Movimento, está elevando a régua das suas próprias ambições. E evidenciando como é preciso ir além das obrigações, além do básico: é fundamental ir, principalmente, além dos próprios muros.

E falando em ir além, desde dezembro de 2022, mais do que parti­cipante, a MRV se tornou embaixadora do Movimento Transparência 100%. Subir esse “degrau” coloca uma organização em uma posição referencial: de pensar ainda mais, de atuar ainda melhor e de transmi­tir isso para mais lideranças e companhias.

Mais do que multiplicar o alcance de uma atuação pautada em transparência, isso representa uma responsabilidade ampliada – de agir, e também de inspirar públicos, fornecedores, colaboradores, stakeholders, o mercado como um todo.

Nunca isso foi tão importante, afinal, estamos em plena década de ação: 2030 está logo ali! É tempo de acelerar o alcance dos ODS. De converter planos e intenções em ações. Integridade, anticorrupção, condução profissional do negócio e transparência têm tudo a ver com isso: são pilares da capacidade de uma organização de “fazer do jeito certo” e responder aos desafios da atuação sustentável.

E se é tempo de acelerar, é tempo de mobilizar. Para isso, organi­zações de diferentes segmentos podem e devem, sempre que possível, abrir caminhos para agir e também para inspirar e motivar suas pró­prias cadeias de valor – em temas essenciais como ética, integridade, transparência, entre tantos outros.

Os avanços nas transformações positivas acontecem assim: em uma construção constante. Com a visão atenta das lideranças, com as boas iniciativas, com o exercício cotidiano da ética, em diversas fren­tes e ganhando alcance e projeção – e ganhando, assim, significado não só dentro da organização, mas para todo o ecossistema corporati­vo e para a sociedade.

Até porque acredito que um mundo mais ético, mais solidário e mais pautado pela transparência se constrói compartilhando ideias e práticas. Isso, também, é ir além dos muros e além do óbvio – para fa­zer acontecer, para fazer a diferença e para deixar um legado de valor.

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