Segundo o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do litro do etanol caiu e o da gasolina teve leve alta na maioria dos mais de 200 postos de Ribeirão Preto. De acordo com a pesquisa realizada entre 20 e 26 de fevereiro, o preço médio do litro do álcool hidratado está abaixo de R$ 4,10. A gasolina está acima de R$ 6,20.
O preço médio cobrado pelo litro do álcool hidratado passou de R$ 4,153 para R$ 4,080, queda de 1,8% em relação ao dia 19 de fevereiro, depois de chegar a R$ 5,199 em 13 de novembro – o maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município. O preço do litro da gasolina agora custa, em média, R$ 6,283.
O avanço é de 0,9% em comparação com os R$ 6,228 cobrados anteriormente – Petrobras reajustou o preço nas refinarias no dia 12 de janeiro. Lembrando que este é o preço médio, ou seja, tem posto cobrando mais ou menos pelo produto. Depois de mais de seis meses, a paridade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo voltou a ficar abaixo de 70%. Agora está em 64,9%, depois de passar semanas acima de 80% – chegou a 80,5% no dia 13 de novembro.
O preço da gasolina aditivada (R$ 6,387), do óleo diesel (R$ 5,363) e do diesel S-10 (R$ 5,599) recuaram. No ano passado, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da gasolina avançou 47,49% no país. O etanol acumulava 62,23% de alta no mesmo período, ante 46,04% do diesel.
Em janeiro, gasolina e etanol apresentaram deflação – os preços caíram, respectivamente, 1,14% e 2,84% – e o diesel subiu 2,38%. No acumulado em doze meses, a gasolina sobe 42,71%, o álcool avança 54,95% e o diesel, 45,72%.
O preço do hidratado recuou nas bombas de Ribeirão Preto, e a média para a gasolina nos postos bandeirados agora é de R$ 6,60 (R$ 6,597), baixa de 1,5% e desconto de R$ 0,10 na comparação com os R$ 6,70 (R$ 6,697) cobrados anteriormente.
O álcool combustível custa em média R$ 4,30 (R$ 4,299) nos franqueados, queda de 8,5% em comparação com os R$ 4,70 (R$ 4,697) de dez dias atrás, R$ 0,40 a menos, mas há locais onde ainda é vendido por R$ 4,50 (R$ 4,497). Alguns postos praticam valor ainda mais elevado.
Nos sem-bandeira, a média para a gasolina caiu de R$ 6,28 (R$ 6,279) para R$ 6,20 (R$ 6,199), recuo de 1,3% e desconto de R$ 0,08 em relação aos R$ 6,36 (R$ 6,359) de janeiro. O litro do etanol caiu de R$ 4,10 (R$ 4,099) para R$ 4 (R$ 3,999), baixa de 2,4% e desconto de R$ 0,10.
O consumidor deve pesquisar porque há variação para mais e para menos tanto nos bandeirados quanto nos independentes. Com base nos valores de R$ 4,30 para o derivado da cana e de R$ 6,60 para o do petróleo, a paridade está em 65,2% e já é mais vantajoso abastecer com álcool, já que o limite é de 70%.
Segundo a Central de Monitoramento do Núcleo Postos Ribeirão Preto, entidade setorial que reúne 85 donos de postos de combustíveis da cidade, a queda no preço do etanol ocorre porque as usinas produtoras de açúcar e álcool recompuseram seus estoques. Além do início da safra, decidiram promover seguidas reduções no preço do etanol vendido às distribuidoras.
Etanol recua nas usinas
Nas usinas paulistas, o álcool combustível voltou a cair. Desta vez, a queda foi de 0,46% e pode ter reflexo nas bombas. O valor do hidratado fechou a semana abaixo de R$ 2,90, depois de “encostar” nos R$ 3,90 no final de 2021. Recuou de R$ 2,8825 para R$ 2,8692.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – avançou 0,87%. Fechou a semana acima de R$ 3,20. Passou de R$ 3,1752 para R$ 3,2027. Os dados foram divulgados na sexta-feira, 25 de fevereiro, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).