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Polícia

Presa quadrilha de ‘Mainha do crime’

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 O assassinato do ciclista Vitor Medrado, que participava de eventos na região de Ribeirão Preto, é um dos crimes atribuídos à quadrilha desmantelada ontem


Onze suspeitos foram presos por ligações com quadrilha responsável por roubos e mortes e receptadores de celulares, alianças e motocicletas



Onze suspeitos foram presos em uma operação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de São Paulo, contra uma quadrilha de roubos de celulares, alianças e motos nas zonas Central e Sul da capital paulista e em Brasília (DF). Um dos investigados morreu em confronto com as forças de segurança.

Outros quatro já estavam no sistema prisional.

Todos possuem ligações com uma quadrilha responsável por roubos e mortes durante os ataques até os receptadores de celulares, alianças e motocicletas, além de suspeitos de fornecer armas e placas falsas. Uma das lideranças do esquema de receptação e fornecimento de armas é Suedna Barbosa Carneiro, a “Mainha do crime”, que alugava os equipamentos para os criminosos praticarem roubos de moto e depois comprava os aparelhos roubados.

“Ela é um elo fortíssimo da cadeia criminosa. Ela era uma facilitadora. É uma corrente com vários elos”, afirma Ronaldo Sayeg, diretor do Deic. A polícia acredita que a operação terá impacto na queda dos índices de criminalidade na região Central da cidade. “Não temos bala de prata, mas são crimes que preocupam a população.

Foi um golpe duro nas operações criminosas”, diz Artur Dian, delegado-geral da Polícia.

As três pessoas envolvidas no assalto a Vitor Medrado estão presas: Suedna Barbosa Carneiro, Jeferson de Souza Jesus e Erick Benedito Verissimo

Assassinato do ciclista – O assassinato do ciclista Vitor Felisberto Medrado, de 46 anos, morto em 13 de fevereiro, durante um assalto em frente ao Parque do Povo, no Itaim Bibi, é um dos crimes atribuídos ao grupo. Ele era integrante da equipe da Associação Sertanezina de Ciclismo e participava de competições e eventos na região de Ribeirão Preto.

Era conhecido por amigos próximos como “Vitão” ou “Mineirinho”.

Em 19 de março, segundo a Secretaria da Segurança Pública, a polícia prendeu Jeferson de Souza Jesus, de 27 anos, conhecido como “Gordo da Paraisópolis”. Ele pilotava a moto no dia do crime e foi encontrado na comunidade do Morumbi durante uma operação da 1ª Delegacia de Roubos e Latrocínios.

O comparsa dele, Erick Benedito Verissimo, responsável por efetuar o tiro que matou a vítima, já havia sido preso. Em maio, a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus por latrocínio (roubo seguido de morte) qualificado por motivo fútil, os dois acusados de roubar e matar o ciclista Vitor Medrado

No dia 18 de fevereiro, a Polícia Civil de São Paulo prendeu Suedna Barbosa Carneiro, de 41 anos, apontada como a financiadora de crimes de roubo, inclusive o que vitimou o ciclista. Foi detida em Paraisópolis. Conforme a polícia, ela é conhecida na região como “Mainha do Crime”, suspeita de comandar uma quadrilha que realiza assaltos na capital paulista.

A SSP afirmou que, no endereço dela, os policiais apreenderam três armas de fogo, mochilas de entrega, capacetes e outros acessórios possivelmente usados em crimes cometidos pela cidade. Também foram encontrados equipamentos eletrônicos que serão analisados pelos investigadores.

A quadrilha está envolvida em pelo menos mais dois latrocínios. Um deles foi a morte do delegado Josenildo Belarmino, durante um assalto em janeiro na Chácara Santo Antônio, Zona Sul de São Paulo.

O caso gerou enorme comoção entre os moradores do bairro, que fizeram protestos contra a violência. 

O delegado foi morto a tiros, no meio da rua em plena luz do dia. O crime foi registrado pelas câmeras de segurança. Outro caso emblemático que contou com suspeitos presos nesta quinta-feira foi a morte do arquiteto Jeferson Dias Aguiar, durante uma tentativa de assalto no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, em abril.

Segundo o Deic, a operação foi realizada após um ano e meio de investigações e levantamentos, com informações que surgiram a partir de prisões de envolvidos no esquema. Ao todo, participaramm mais 170 policiais, com o apoio do Grupo Especial de Reação (GER) e do helicóptero do Serviço Aerotático (SAT).

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