Tribuna Ribeirão
DestaqueJustiça

‘Starlink’ entra com novo recurso no STF 

A Starlink, empresa de Elon Musk especializada em internet via satélite, entrou com um novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (Reprodução) 

A Starlink, empresa de Elon Musk especializada em internet via satélite, entrou com um novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 2 de setembro, para tentar reverter o bloqueio imposto pelo ministro Alexandre de Moraes às suas contas bancárias no Brasil.

A empresa apresentou um agravo regimental, após o ministro Cristiano Zanin se negar a liberar as contas. O pedido é para que o ministro reconsidere a própria decisão ou envie o caso para julgamento no plenário. As contas foram bloqueadas para assegurar o pagamento de multas impostas à rede social X, que também pertence ao bilionário.

Alexandre de Moraes justificou que ambas – empresa de internet e rede social – fazem parte do mesmo grupo econômico. Ao analisar um primeiro recurso, na última sexta, 30, Zanin considerou que não havia ilegalidade flagrante que justificasse uma intervenção externa no processo. Para o ministro, a decisão de Moraes foi devidamente fundamentada.

As contas da Starlink foram bloqueadas preventivamente depois que o X fechou o escritório no Brasil em meio a atritos com Alexandre de Moraes em torno de ordens judiciais para suspender perfis na rede social. Foi a forma encontrada pelo ministro para assegurar o pagamento de parte do passivo de multas, que ultrapassa R$ 18 milhões.

A empresa corre o risco de perder a autorização para operar no Brasil porque vem se recusando a banir o X. A Primeira Turma do STF confirmou nesta segunda que a rede social deve permanecer suspensa até que cumpra determinações do tribunal, como a indicação de um representante legal no país.

O escritório Pinheiro Neto vai ingressar com recurso contra o bloqueio de bens imposto ao X, que alcança bens imóveis, contas bancárias e patrimônio de toda a ordem da companhia. Sob o aspecto criminal, o caso é acompanhado em parceria com o criminalista Sérgio Rosenthal.

O foco é o inquérito aberto por ordem de Moraes especificamente para investigar Elon Musk por suposta incitação ao crime e obstrução de investigação de organização criminosa. A estratégia é mostrar que o grupo não tem a intenção de desobedecer as leis brasileiras, mas contestar uma ordem de um magistrado que considera ilegal.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto que o STF só está exigindo de Elon Musk o que é exigido dos demais empresários no país. “Tenho certeza absoluta que ele Elon Musk só pode operar em outros países cumprindo as leis de outros países”, disse.

“O Brasil não é uma terra sem lei”, emendou Padilha. “A exigência que existe nesse momento é que exista uma representação legal. Quer operar no Brasil, tem que ter um representante legal que responda a qualquer ato que não seja correto”, declarou o ministro.

“A Suprema Corte está exigindo deste empresário aquilo que é exigido para todos os empresários brasileiros ou internacionais que querem operar no nosso país”, disse Padilha.

 

 

Postagens relacionadas

Atento anuncia 250 oportunidades de emprego em Ribeirão

Redação

Obra bloqueia dois trechos no Centro  

Redação 2

Homem é morto após supostamente furtar medidor de energia em RP

Luque

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com