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Tite admite ‘pressão inevitável’ no cargo e necessidade de vitória na seleção

A tranquilidade que Tite resgatou como técnico da seleção brasileira ao conquistar o título da Copa América já se tornou uma realidade distante. Após acumular o quinto jogo de jejum, amargado com uma derrota por 1 a 0 para a Argentina, nesta sexta-feira, em Riad, na Arábia Saudita, o treinador admitiu que está sob pressão no cargo que ocupa e reconheceu a necessidade urgente de conquista de uma vitória.

Ao ser questionado em entrevista coletiva sobre a sua situação atual, o comandante afirmou que a própria natureza do seu posto o faz ser cobrado e a ficar pressionado a obter bons resultados. “Primeiro é saber que essa pressão é inevitável, pela grandeza do cargo e da seleção, é inevitável para o técnico e para os atletas da mesma forma. Saber desempenhar em cima disso é o primeiro passo”, disse Tite, ao projetar a continuidade do seu trabalho.

A última chance de Tite conquistar uma vitória neste final de temporada do time nacional será na próxima terça-feira, no amistoso contra a Coreia do Sul, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes, palco do último compromisso do Brasil antes do início das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, que começam em março do próximo ano. E o comandante sabe que qualquer outro resultado que não for um triunfo na próxima terça será péssimo para ele e para a própria seleção.

“Há necessidade do resultado, sim. Há momentos de pressão e esse é um. A forma que vamos buscar (a vitória) é com discernimento, de maneira criteriosa, mas a necessidade do resultado se dá, sim Mesmo num momento de preparação”, reconheceu.

Contra a Argentina, a seleção voltou a exibir um futebol abaixo do esperado, como também ocorreu nos empates com Colômbia (2 a 2), Senegal e Nigéria (ambos por 1 a 1) e na derrota por 1 a 0 para o Peru. Tite, porém, acredita que a atuação brasileira nesta sexta-feira teve pontos positivos na etapa inicial.

“Eu vi um primeiro tempo bom, com domínio, mesmo não tendo as reais oportunidades. No segundo tempo, não. Botei pivô, dois jogadores como pivô, aberto pelo lado esquerdo, Coutinho por dentro, buscamos alternativas para isso e não tivemos. Quando não tem o resultado, um conjunto de fatores pesa, inclusive emocional. Mesmo em jogos preparatórios, a grandeza do clássico traz isso”, lamentou Tite.

O comandante iniciou o amistoso em Riad com Lucas Paquetá escalado no meio-campo e depois do intervalo sacou o jogador do Milan para a entrada de Philippe Coutinho. Mais tarde, tirou Gabriel Jesus e Willian do ataque e colocou Richarlison e Rodrygo no ataque. Nenhuma destas modificações surgiu o efeito desejado, sendo que Paquetá no meio e Éder Militão na zaga foram as principais novidades da formação titular.

“O Militão é um jogador de velocidade, que está em uma crescente, teve uma sequência de convocações e está evoluindo cada vez mais. Com o Paquetá é preciso ter um pouco mais de calma. Talvez um ou dois erros de passe no começo fizeram ele perder um pouco da confiança, o que é normal”, disse Tite ao justificar a opção pelos dois como titulares. E ele aposta no crescimento do ex-jogador do Flamengo com a camisa da seleção. “Paquetá é um grande jogador e vai evoluir, tal qual está evoluindo no Milan”, completou.

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