Mais uma tragédia marca o violento histórico das rodovias paulistas. Na madrugada deste sábado (10), quatro homens morreram em um grave acidente frontal entre dois carros na Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), em Barretos (SP). A colisão ocorreu em um trecho de pista simples, cenário comum para tragédias evitáveis que, infelizmente, seguem se repetindo.
As vítimas – Três jovens que voltavam de um rodeio em Olímpia e um motorista profissional que se dirigia a São José do Rio Preto para buscar passageiros, perderam a vida na hora. Entre elas estavam:
Cainã Gabriel Dias, 28 anos, jogador amador de futebol e vendedor;
José Paulo Rufino Garcia Alvarenga, 33 anos, designer gráfico;
Guilherme Henrique Moreira dos Santos, 23 anos, funcionário de uma empresa de painéis gráficos;
Rudinei de Arruda Oliveira, 43 anos, motorista por aplicativo, morador de Barretos e natural de Mato Grosso do Sul.
Segundo informações, Rudinei dirigia um Toyota Yaris em direção a Olímpia quando colidiu de frente com o Volkswagen Gol conduzido por Cainã. Com ele estavam José Paulo e Guilherme, todos retornando do evento. Nenhum dos envolvidos sobreviveu. O trecho onde o acidente aconteceu possui pista simples e limite de velocidade de 100 km/h.
As causas do acidente estão sob investigação da Polícia Civil.
No entanto, a precariedade da infraestrutura viária, a ausência de fiscalização e duplicação já são apontadas por especialistas como fatores agravantes eminúmeros acidentes semelhantes.Durante o velório, amigos e familiares lamentaram a perda irreparável.
Cláudio Simionato, colega de trabalho de Rudinei, destacou a dedicação do amigo ao transporte de pacientes com câncer e sua postura sempre cuidadosa. “Era um profissional querido por todos, sempre atencioso, ajudava todo mundo. Essa última viagem ele não conseguiu concluir”, disse emocionado.
Casos como este escancaram uma realidade perversa: as rodovias brasileiras seguem matando. Em especial nos trechos de pista simples, com tráfego intenso e infraestrutura defasada, vidas são ceifadas em colisões que, com medidas preventivas adequadas, poderiam ser evitadas.
Enquanto não houver prioridade real para segurança viária, o país continuará enterrando seus jovens e trabalhadores em meio ao asfalto.
Rodovias – Espaço de conexão ou palco de tragédias?
Com mais de 30 mil mortes por ano no trânsito brasileiro, os acidentes em rodovias são uma das principais causas de óbitos no país.
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