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A Separação entre o Joio e o Trigo – I! 

Cleison Scott *
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Chegou a hora.

Existe uma separação clara e insofismável entre a matéria e o espírito?

Como já aprendemos, o Universo é 100% constituído de energia. Desses, 0,00001% visando a consecução do plano Divino, adquire uma frequência apropriada, para cujo resultado o ser humano deu o nome de Matéria e os 99,99999% restantes chamou de espírito. Portanto, espírito e matéria são duas faces da mesma moeda. Para o dono da moeda, seu valor é o mesmo, independente se ele a usa voltada com a ‘cara’ ou a ‘coroa’ para cima, uma vez que, seu valor está no âmbito metafísico. Para Deus é assim, seu valor está em sua essência e não em sua aparência. O plano de Deus é que todas as suas extensões alcancem a perfeição natural de sua Fonte. Porém, cada uma delas deve fazê-lo por escolha autônoma, uma vez que essa é a característica básica de sua própria essência. No entanto, para que essa escolha seja realmente espontânea e livre, a Fonte provê suas extensões com uma sutil qualidade denominada “Livre Arbítrio”. Se por um lado esse dispositivo é a máxima dádiva ao nos prover com absoluta autonomia, por outro, nos impõe a máxima responsabilidade sobre nossos pensamentos, palavras, sentimentos e atos.

Aconteceram dois momentos na história humana em que a ‘inexistente’ separação foi enfatizada, por individuações com a capacidade de influenciar a mente humana: Platão (428 a.C. – 347 a. C.) numa tentativa de explicar como o mesmo Homem pode agir de forma demoníaca e divina concomitantemente, propôs a divisão do ser humano em espírito e matéria, sugerindo que a carne era um empecilho para a evolução do espírito. Vinte séculos mais tarde o filósofo físico francês René Descartes (1596 – 1650) com o propósito de livrar a Ciência do subjugo religioso, propôs a separação de responsabilidades: como o espírito é algo imponderável que para seu cuidado exige pessoas com características especiais com a capacidade de compreender e interagir com o invisível, a religião deveria continuar responsável por ele. A matéria sendo bruta e tangível, requer pessoas dispostas a literalmente ‘pôr a mão na massa’. Seja porque há muito o ego religioso não era tão hábil e profundamente massageado, seja porque enfrentava um importante cisma interno, o fato é que o poder religioso, que desde Niceia no século IV comandava com rigor o Planeta, aceitou a proposta, a qual intrinsecamente prometia não perturbar a fé de seus prosélitos. Por outro lado, a ciência que nascia, autodenominada materialista, prometia restringir seu próprio campo, literalmente virando as costas para quaisquer assuntos ou mesmo manifestações que não tivesse uma clara e insofismável explicação (causa) material.

Se por um lado, essa divisão eliminou o risco de mentes superdotadas virarem churrasco público, como recentemente havia acontecido com Giordano Bruno (queimado vivo em praça pública em fevereiro de 1600), por outro, engessou a si mesma. Se lembrarmos que a Física Quântica provou que a matéria representa somente 0,00001% da energia universal, conclui-se que o engessamento científico é uma camisa de força autoimposta. Na década de 1920, quando a Ciência como consequência de seu próprio evoluir, começou a esmiuçar o universo invisível, por medo, tê-lo reservado à religião foi um monumental engano, cujo preço alcança TODOS aqueles que habitam o Planeta. Mas, não vai aqui nenhuma crítica, uma vez que, se, literalmente, estivéssemos na pele deles para decidir, é certo que faríamos o mesmo, visto que o Tribunal da inquisição era implacável, queimando os mais reticentes e constrangendo outros, independente de seus saberes ou posição junto à sociedade. Como amigo pessoal do Papa Urbano VIII, aos 70 anos, Galileu Galilei foi condenado pelo tribunal à prisão perpétua, só amenizada em prisão domiciliar em função de sua idade e importantes amizades.

Assistindo a Igreja perder um Papa progressista e substituí-lo por outro que defende a mesma linha de pensamento, fica a impressão que ela, finalmente, entende que, ao invés de comandar a sociedade deve se aliar a ela, pois é essa sociedade que lhe dá sustentação. É possível que Leão XIV comece, se não a eliminar muitos dogmas, a amenizar a rigidez com que são defendidos, em função do progresso científico, ou hábitos já completamente absorvidos pela hodierna sociedade. Por essa razão, solicito aos meus amáveis leitores que, não vejam como críticas a quem quer que seja, o que está sendo relatado neste artigo, ou em seus subsequentes, porque seu precípuo objetivo é ajudar os espíritos encarnados neste momento, a ajustarem sua energia aos ditames da lei Divina, que nortearam e vão nortear os critérios para a separação entre o Joio e o Trigo que já está acontecendo. (continua)

* Administrador de empresas com especialização em Marketing 

 

 

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