Novo piso representa um valor acima da inflação pelo terceiro ano seguido, reajuste de 10% em relação ao ano passado e de 18,84% sobre o nacional
Deputadas e deputados estaduais aprovaram, em duas sessões extraordinárias realizadas na terça-feira, 13 de maio, o novo valor do salário mínimo paulista, que passa a ser fixado em R$ 1.804. A medida será encaminhada para sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republianos).
O novo valor representa um aumento de 10% em relação ao piso atual, de R$ 1.640, aporte de R$ 164. Também é 18,84% superior ao mínimo nacional, fixado atualmente em R$ 1.518. São R$ 286 a mais. Desde 2022, o crescimento do piso estadual foi de 40,5%. O ganho real chega a 27% desde 2023.
De autoria do Executivo, o projeto de lei número 411/2025 altera o artigo 1º da lei nº 12.640, de julho de 2007, que estabelece os valores mínimos para categorias que não possuem piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo.
Por meio de uma emenda, os parlamentares incluíram os cuidadores de pessoas com deficiência entre as categorias abrangidas pelo mínimo estadual e unificou o valor pago a cerca de 70 classes profissionais. Em 2023, a Alesp também incluiu os cuidadores de idosos.
Esta é a terceira vez consecutiva que o reajuste proposto para o piso paulista supera a inflação acumulada no período. A proposta é superior à inflação acumulada no último ano (4,77%), segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e representa um ganho real aos trabalhadores.
Desde 2022, último ano antes da atual gestão, o crescimento do salário mínimo estadual soma 40,5%, ante uma inflação de 15,10% nos últimos três anos, de acordo com o INPC. Criado em 2007, o piso estadual permite que trabalhadores paulistas recebam remunerações acima do salário mínimo nacional. Os valores propostos pelo governo do Estado levam em conta as condições de demanda de mão-de-obra e custo de vida em São Paulo, incorporando especificidades do mercado de trabalho local.
Funcionalismo público – Na mesma pauta de votação, também foi aprovado o projeto de lei complementar nº 11/2025, que concede reajuste de 10% ao piso salarial dos servidores públicos estaduais por meio de abono complementar, equiparando o funcionalismo ao novo valor do mínimo paulista.
Segundo o governo estadual, cerca de 91 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas serão beneficiados, abrangendo profissionais das Secretarias de Estado, Procuradoria-Geral do Estado, Controladoria Geral e Autarquias. Já o PLC 12/2025 concede reajuste salarial de 5% para diversas categorias do Executivo estadual.
A medida alcança áreas administrativas, ambientais, agropecuárias, sociais, comerciais, educacionais, de engenharia, governamentais, policiais, previdenciárias, de saúde e de trânsito. Somados servidores aposentados e pensionistas, a proposta beneficia mais de 925 mil pessoas.