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Greve perde força com liminar

A greve do funcionalismo público de Ribeirão Preto segue sem definição. A juíza Luísa He­lena Carvalho Pita, da 2ª Vara da Fazenda Pública, concedeu liminar nesta segunda-feira, 16 de abril, reafirmando sua decisão pela manutenção de 100% dos servidores em ati­vidade nas áreas da educação, saúde e assistência social e 60% nas demais repartições. A categoria diz que vai cumprir a ordem judicial. Se isso ocorrer, a greve deve perder força.

Assim, a greve na Educação, que nesta segunda-feira, segun­do a prefeitura, teve adesão entre 15% (escolas de educação infan­til) e 19% (ensino fundamental), está oficialmente suspensa, assim como na Secretaria Municipal da Saúde (5% aderiram, de acordo com os dados oficiais) e na Assis­tência Social (adesão de 9%, se­gundo o governo). A magistrada também ressalta que a responsa­bilidade pela elaboração da escala de trabalho nos demais setores é atribuição do Sindicato dos Servi­dores Municipais (SSM/RP).

Ela também proibiu piquetes e impôs multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento da ordem judicial. Na tutela cautelar, consta também que o SSM/RP teria oito horas após a notificação para cumprir a decisão. Enquan­to isso, alunos estão sem aulas em algumas escolas municipais e consultas estão sendo remarcadas nos postos de saúde. A categoria está em greve desde a zero hora de 10 de abril – o movimento pare­dista completa uma semana nesta terça-feira (17).

Na segunda-feira (9), antes do início da greve, o juiz Reginal­do Siqueira concedeu liminar ao Departamento de Água e Esgo­tos (Daerp) em que praticamente proibiu a paralisação de funcio­nários da autarquia. Segundo o magistrado, o sindicato é obrigado a manter 100% de toda a área ope­racional e de atendimento ao pú­blico durante a greve. Já as demais áreas são obrigadas a manter 80% do quadro. A tutela cautelar ainda impõe multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento. A autarquia tem 898 funcionários. A prefeitura garante que não houve paralisação no setor.

Na noite desta segunda-feira, durante assembleia da categoria na sede do sindicato, um oficial de Justiça entregou a liminar, às 18h31. Na sexta-feira (13), a en­tidade havia sido notificada da decisão anterior da juíza, mas interpôs recurso contestando a forma como se deu a notifica­ção – em vez de algum integran­te da diretoria, quem recebeu o documento foi um funcionário do SSM/RP. O departamento jurídico da prefeitura, autora da ação que resultou na liminar, também ingressou com recurso pedindo o aumento da multa estipulada em caso de desobedi­ência à ordem judicial, de R$ 20 para R$ 100 mil por dia, mas a solicitação foi negada.

A assembleia de ontem, que terminou às 20h50, não suspen­deu o movimento grevista. Os servidores deflagraram a greve após rejeitarem a contraproposta da prefeitura, que ofereceu 1,81% de reajuste, contra o pedido de 10,8% da categoria. Após o início da greve, a administração munici­pal apresentou nova oferta, agora de 2,06%, que também foi rejeita­da pela categoria.

Na assembleia desta segunda­-feira também foi aprovada a realização de um ato de protesto na manhã desta terça-feira (17), às nove horas, no Morro do São Bento. A concentração será na praça Alto do São Bento, que fica entre as sedes das secretarias mu­nicipais da Cultura e da Educação. O objetivo principal é convencer a prefeitura a realizar mais uma reu­nião de negociação.

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