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Guerra

A guerra nasceu com a Humanidade. Até hoje se discu­te se sua origem está no desejo de posse territorial ou se, na evolução do Homem, tornou-se parte de nossa herança genética. A verdade é que a nossa História está pontuada por muitas e variadas guerras, todas sangrentas, irracio­nais e desnecessárias.

O que parecia impossível, acaba de ocorrer: uma guerra de conquista territorial, no avançado continente europeu, em pleno século XXI, um pretexto para destruir a vontade de um povo e trazer para a esfera de influência russa uma das mais antigas nações da Europa.

Em nome de uma vontade imperial cidades foram destruídas, vidas perdidas, esperanças abatidas. Crianças, jovens, adultos e velhos morreram na defesa de seu territó­rio ou por estarem no lugar errado, na hora errada.

O mundo assiste, perplexo, a uma guerra sem causa, desnecessária, absurda.

Tão absurda como são todas as guerras.

Pesquisas arqueológicas apontam o primeiro confli­to da raça humana ocorrido há mais de 10.000 anos, em Nataruk, atual Quênia. Foram combates fratricidas, com poucas mortes, refletindo a pequena população da época. Mas, já mostravam a bárbara destruição das pessoas.

A Bíblia, no Gênesis, relata a Batalha de Sidim, perdida nos tempos, quando quatro reis da Mesopotâmia atacam cinco reis das cidades no Vale de Sidim, que se recusavam a pagar-lhes tributo.

Por séculos e séculos seguintes, as guerras foram evo­luindo. Os gregos e os romanos aumentaram seus territó­rios através da força de seus exércitos e da pressão exercida sobre os povos conquistados. Na Idade Média, a guerra era considerada como assunto corriqueiro quando um rei desejava submeter território contíguo.

A expulsão dos muçulmanos da Europa foi uma das maiores e mais emblemáticas guerras, quando os exércitos espanhóis empurraram os mouros de volta para a África. As conquistas portuguesas, decorrentes das grandes nave­gações, foram seguidas de guerras de conquista territorial e submissão dos povos africanos e asiáticos.

O século XX testemunhou duas grandes guerras mundiais, com uso de produtos da indústria bélica, aviões como arma de ataque, tanques como instrumento de conquista e que ter­minaram com a explosão das bombas atômicas, as mais mor­tíferas armas de combate. Seguiu-se o uso da tecnologia na tática de guerra, com a criação de mísseis, drones, combates à distân­cia, preservando ao máximo o uso de soldados. Viu também a proliferação de estados que detêm tecnologia atômica, com a criação de um arsenal capaz de destruir o planeta.

Vivemos hoje um equilíbrio de forças, sendo a bomba atômica, já bastante aperfeiçoada, um grande instrumento de destruição e, ao mesmo tempo, elemento de persuasão.

Nossos tempos aperfeiçoaram a indústria bélica, desti­nando-lhe constantemente bilionária quantia de dinheiro, que, se aplicada em benefício dos mais pobres, acabaria com a fome e permitiria uma Terra mais igual e humana.

Esperava-se que uma guerra de conquista jamais torna­ria a existir, pois ela é uma falha da civilização, que pode e deve ser evitada pela diplomacia. Infelizmente, não foi o que aconteceu. Só nos resta torcer para um rápido plano de paz, que, infelizmente, não curará as feridas causadas pelos invasores russos.

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