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RP espera R$ 730,8 mi do 13º salário

O décimo terceiro salário dos trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas deve injetar R$ 730,80 milhões em Ribeirão Preto até o final do ano, com rendimento médio de R$ 2.200,39 per capita. A es­timativa é do economista Ga­briel Couto, responsável pelo Núcleo de Inteligência da Asso­ciação Comercial e Industrial (Acirp), e considera as duas parcelas que ainda serão pagas aos 223.294 empregos com car­teira assinada e a segunda parte destinada aos 108.829 benefici­ários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – já rece­beram 50% entre 27 de agosto e 10 de setembro, sem o descon­to do Imposto de Renda, que será feito agora.

As projeções de Gabriel Couto são feitas a partir de da­dos do INSS e do Ministério do Trabalho. No total, somando a parcela paga a aposentados e pensionistas no início deste segundo semestre, a economia ribeirão-pretana vai contabili­zar aporte de R$ 830,67 milhões neste ano, média de R$ 2.501,09 para as 332.123 pessoas que têm direito ao 13º salário – sem con­tar os descontos. Muita gente deve usar o dinheiro para pagar dívidas, mas o comércio e a pres­tação de serviços, setores fortes na cidade, contam com parte deste dinheiro.

Em dezembro do ano pas­sado, segundo a pesquisa men­sal do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp), as vendas subiram 0,38% – o aporte do 13º e as compras de Natal ajudaram a interromper uma sequência de três meses seguidos no “ver­melho”. Em novembro, o varejo local havia constatado queda de 1,21%. O setor fechou 2017 com déficit de 1,13%. Neste ano, a sé­rie de queda nas vendas acabou em agosto, depois de seis resul­tados negativos consecutivos. Fechou o mês com leve alta de 0,79%.

Segundo as projeções do Núcleo de Inteligência da Acirp, 223.294 empregados formais receberão R$ 630,92 milhões até 20 de dezembro – prazo fi­nal para o pagamento do 13º –, média de R$ 2.825,55 por traba­lhador. Até 30 de novembro, os empregadores terão de deposi­tar a primeira parcela, que para o pessoal da ativa será de aproxi­madamente R$ 315,46 milhões, sem desconto, com valor per capita de R$ 1.412,77.

Os 108.829 aposentados (74.718) e pensionistas (34.111) receberam cerca de R$ 99,87 milhões entre agosto e setem­bro, média de R$ 917,69 por be­neficiário. Até dezembro, o valor total deve chegar a R$ 199,74 milhões, R$ 1.835,38 por pessoa. A segunda parcela virá com o desconto do Imposto de Renda, assim como a dos trabalhadores da ativa também virá com os en­cargos trabalhistas descontados.

Os 74.418 aposentados re­ceberão, no total, somando as duas parcelas e sem desconto, R$ 144.76 milhões, R$ 1.937,48 por beneficiário. Até dezem­bro, o INSS vai depositar R$ 72,38 milhões, mas com os des­contos, cerca de R$ 968,74 por pessoa. São 34.111 pensionistas que vão embolsar neste ano R$ 54,97 milhões no total, média per capita de R$ 1.611,74. A se­gunda parcela prevê o crédito de R$ 27,48 milhões (mas terá o abatimento do IR), R$ 805,87 por beneficiário.

A partir de 1º de dezembro, as lojas do comércio central, dos corredores comerciais dos bairros – avenida da Saudade (Campos Elíseos), avenida Dom Pedro I (Ipiranga) e Boulevard (Jardim Sumaré e parte de Hi­gienópolis e Alto da Boa Vista) – vão atender em horário espe­cial, das nove às 22 horas. No ano passado abriu aos domin­gos, das dez às 17 horas. No dia 24 de dezembro (segunda-feira, véspera de Natal), o atendimen­to será das nove às 18 horas. No dia 25, terça-feira, o comércio estará fechado. O atendimento nos quatro shopping centers da cidade também será estendido.

A Polícia Militar (PM) e a Guarda Civil Municipal (GCM) também devem refor­çar o efetivo na região central da cidade, principalmente no calçadão – além de combater a criminalidade, terão de dar suporte aos servidores do De­partamento de Fiscalização Geral da Secretaria Municipal da Fazenda, já que os camelôs vão aproveitar o movimento para faturar um troco. Em anos anteriores, mais de 100 mil pessoas passaram diariamente pela região central de Ribeirão Preto no mês do Natal.

No ano passado, a Associa­ção Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Con­tabilidade (Anefac) fez uma pesquisa junto a 1.045 consu­midores de todas as classes so­ciais para saber como eles uti­lizariam os recursos recebidos do 13º salário. O levantamento apurou que a grande maioria dos consumidores (85%) pre­tendia utilizar o dinheiro extra para o pagamento de dívidas já contraídas – aumento de 4,94% em relação a 2016.

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