Everaldo é ponta esquerda, mas pode virar ponta direita no Corinthians por necessidade. O reforço foi usado em sua posição de ofício nas duas vezes em que jogou pelo Alvinegro, na semana passada, mas deve ser pelo menos testado por Fábio Carille do outro lado do ataque – ou isso ou deve penar para ter chances.
Na esquerda, Everaldo seria obrigado a disputar lugar com Clayson, atual titular, que pode não ser unanimidade com a torcida, mas prova sua importância com números. Em oito jogos do Brasileirão, ele foi o corintiano que mais finalizou (sete) e que mais deu assistências para chutes (também sete) – desempenho importante no time que menos chuta a gol na competição.
Em um cenário como este, dificilmente Clayson seria tirado de sua posição para adaptar-se a outra em benefício de um recém-chegado.
Carille já falou rapidamente sobre o assunto, pediu tempo para Everaldo se ambientar e avisou que não quer bagunçar a rotina de Clayson trocando-o de posição o tempo todo.
“Tenho que ter muito cuidado para não ficar tirando o Clayson para usá-lo como meia, depois voltar ele para lá [na esquerda], tirar ele da rotina”, chegou a declarar. A preocupação do técnico é válida porque Everaldo não pode atuar na Copa Sul-Americana, o que dificulta os ajustes táticos, sobretudo se o titular for deslocado a outra posição.
Isto posto, talvez a porta de entrada de Everaldo no time titular do Corinthians seja a ponta direita. A função não é ocupada por um atacante desde que Romero foi afastado, em janeiro, e todos os meias usados por ali são plenamente adaptáveis à faixa central do campo (Pedrinho, Ramiro ou Jadson).