As vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto tiveram aumento médio de 1% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrada queda de 2% em relação a 2023. Apesar do crescimento tímido, foi a terceira alta seguida, após elevação de 1,5% em fevereiro e 1% e de março.
Havia recuado 2% em janeiro e fechou 2024 com ganho de 4% em dezembro, interrompendo uma sequência de duas quedas seguidas, de 1% em novembro e 3,5% em outubro. Avançou 0,5% em setembro e agosto e 1,5% em julho, após três baixas consecutivas.
O levantamento é do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido por Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão e Região (Sincovarp) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL RP). O setor fechou o ano passado com crescimento de 6,54%, ante alta de apenas 0,72% em 2023 e ganho de 5,01% em 2022.
“Foi uma pequena alta, mas que já representa uma recuperação em relação e abril de 2024. Contribuíram diretamente para esse resultado, as vendas de Páscoa, as semanas de montagem da Agrishow e o Ribeirão Rodeo Music. Mais consumidores circularam no comércio varejista de Ribeirão Preto”, analisa Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV.
Empregabilidade – Em abril, o percentual de variação entre vagas abertas e fechadas, no mercado de trabalho varejista local, apontou variação positiva de 1,5% na comparação com o mês anterior, muito pelos fatores citados no parágrafo anterior.
Índice de Confiança – Considerando uma escala de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança do Varejo Sincovarp/CDL RP de curto prazo (sempre olhando para os três meses seguintes), em abril, ficou em 3,2 pontos (ante 2,7 pontos na pesquisa de março), considerado de intermediário à otimista. O longo prazo (doze meses) ficou em 3,1 pontos (ante 2,8 pontos, em março), também considerado de intermediário à otimista.
“Em abril, o otimismo do lojista voltou a subir porque o movimento foi um pouco melhor e, também, pelo início da série de principais datas sazonais do calendário varejista tendo o Dia das Mães, agora em maio, como a primeira delas. O fato de Ribeirão Preto ser uma capital regional de consumo também ajuda”, observa o pesquisador.
“No entanto, o cenário macroeconômico continua desfavorável. Abril teve alta de 0,43% na inflação (puxada pelos alimentos e medicamentos), o Copom elevou a taxa de juros à 14,75%, e continuam altos os índices de inadimplência e de endividamento das famílias. Esse conjunto de fatores diminuiu o poder de compra do consumidor que anda mais cauteloso”, finaliza Diego Galli Alberto.