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VÍDEO: Indícios de riscos ignorados antecedem ataque de onça no Pantanal

O caseiro Jorge Avalo vítima do ataque da onça (Reprodução)

Por Lúcio Mendes

O desaparecimento e morte brutal de Jorge Avalo, 60 anos, caseiro de um pesqueiro localizado às margens do rio Miranda, em Aquidauana (MS), revela um cenário preocupante de negligência e omissão diante de alertas claros sobre a presença de onças na região. O corpo de Avalo foi encontrado em pedaços por equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA), após dois dias de buscas em uma área de mata fechada, conhecida como Touro Morto, no coração do Pantanal sul-mato-grossense.

Fontes confirmaram que Jorge já havia alertado sobre os riscos. Em um vídeo gravado por um conhecido, apenas uma semana antes do ataque, ele aparece apontando pegadas de felinos próximas à residência onde vivia e trabalhava. “Eles estão muito perto. Isso aqui tá perigoso”, dizia, em tom sério, indicando que o problema era conhecido, mas aparentemente ignorado.

O ataque ocorreu na manhã da segunda-feira, 21 de abril. No mesmo dia, agentes da PMA encontraram as primeiras partes do corpo da vítima, acompanhadas de pegadas que indicavam a ação de uma onça. No dia seguinte, novos fragmentos foram localizados dentro de uma toca, a aproximadamente 300 metros do ponto inicial, sinalizando que o animal arrastou o corpo por uma longa distância — um comportamento típico de grandes felinos predadores.

A operação de busca mobilizou helicópteros, drones e contou com a ajuda de familiares. O corpo foi encaminhado para análise no Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana.

O que permanece sem resposta é por que, diante de sinais evidentes, nenhuma medida preventiva foi adotada. A administração da fazenda onde Jorge trabalhava ainda não se manifestou. Especialistas em conservação apontam que, com o avanço de atividades humanas em áreas de preservação, os encontros com onças-pintadas tendem a aumentar e, com eles, os riscos de ataques.

Agora, a tragédia acende o alerta para a urgente necessidade de políticas de convivência com a fauna pantaneira, treinamento para trabalhadores rurais e investigação sobre possíveis falhas que possam ter contribuído para a morte de Jorge Avalo.

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