Cleison Scott *
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São incontáveis as tentativas de se explicar fatos históricos que aparentemente parecem estar apartados de toda lógica. Um exemplo, gritante pela sua enormidade e implicações, foram as Cruzadas. Chamadas de Guerras Santas por quem as concebeu, confrontam grotescamente com os ensinamentos em nome de quem justificaram sua implementação. Em Da Ilusão à Luz lê-se o seguinte:
… seus ensinamentos, igual ao de todos os Avatares, sofreram distorções por interpretações errôneas, a maioria por ignorância, mas também por interesses momentâneos. O ex-padre erudito, James Carroll em seu monumental trabalho “A Espada de Constantino”, afirma o seguinte:
“Os relatos das palavras e feitos do falecido Jesus foram mudando à medida que seu movimento cresceu, e assim foi mudando também o entendimento de quem eram seus amigos e inimigos, dependendo da experiência através do tempo de quem eram os amigos e inimigos do movimento”.
O qual nasceu sob a égide dos que conviveram com Ele, mas foi profundamente adaptado pelo imperador Constantino que dirigiu o Concílio de Niceia em 325 d.C. com a finalidade de definir os Cânones da mova igreja”.
Se assim não fosse, seus autodenominados seguidores não teriam provocado e mantido por 127 anos uma guerra em Seu nome, e quem sabe também, não teriam se dividido em miríades de facções como se seus ensinamentos não tivessem a coesão que têm.
Gregg Braden, especialista em História Natural, baseado em um exaustivo trabalho de pesquisa, que inclui viagens a lugares que preservam nossa história, tais como Tibete, China, Índia, Egito, Palestina e etc., bem como, em seus criteriosos estudos dos muitos documentos Essênios achados logo após a II Guerra, genericamente tratados como “Os Manuscritos do mar Morto”, entende que muitos de nossos erros e eloquente ignorância, se devem ao fato do registro da ‘História da Humanidade’ estar incompleto.
No livro ‘O Efeito Isaias’ ele lista 41 livros, cujo autores se basearam nos feitos de Jesus, ou em quem conviveu com Ele que foram barrados na composição do documento que definiu os cânones da religião fundada pelo Imperador Romano, no Concílio de Niceia em 325 d.C., presidido pelo próprio Constantino. Carroll afirma que muitas das decisões do Concílio, foram tomadas sob a égide do Imperador, que não era um religioso e muito menos um ‘Cristão Primitivo’ e dirigia o conclave atento em fazer andar sua agenda política.
Os Essênios, que até então contavam entre os Cristãos primitivos, se afastaram da nova religião por não concordarem com os ditames estipulados, como por exemplo: “os que discordassem da ‘palavra’ do cânone, ou dogmas ditados pelos designados ‘Doutores da Lei’ seriam considerados hereges”. Entendiam que nada há de ruim, ou errado, na convivência de diferentes opiniões.
Para corroborar sua opinião quanto às lacunas em nossa História, Braden nos informa que a sabedoria dos Essênios é encontrada em muito antigas tradições e que, nós, Cristãos Ocidentais perdemos com os desconhecidos critérios usados em Niceia. Eu diria que a moderna sociedade perdeu, pois, em muitos aspectos, o ocidente se impôs ao mundo.
Isto é sério, pois é como se ao final de um curso universitário, fosse pedido ao formando, opinar sobre assuntos que o Reitor, a seu critério, retirou da grade curricular.
Enfim, chamo a atenção para o fato de que, mais uma vez, fica clara a importância do autoconhecimento, pois quem sabe como é sua verdadeira natureza, não fundamenta suas decisões na opinião de terceiros, buscando apoio em seu Eu Verdadeiro. “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo a si mesmo”, foi com essa frase que Jesus encerrou seu ensinamento sobre a Lei Divina. Qualquer outro caminho que se utilize não o torna um “errado”, mas, um “atrasado”.
O ignorante no sentido Metafísico é tão somente o que ‘ignora’, desconhece. Então a grande falha é o homem, imagem e semelhança de Deus, deixar de buscar a Verdade pelos seus próprios esforços, esperar que alguém lhe traga o ‘prato feito’. Sem dúvida, essa é uma das razões que levou Jesus a afirmar: “Não vim trazer a Paz, mas a espada” e complementou: “Sois Deuses e não sabem”, deixando implícito que, se pegarmos o caminho correto e não nos deixarmos enganar por mentiras e falácias, somos inconquistáveis!
Somos Deuses, nunca se deixem enganar pelos escuros e sua mídia, que nos querem distraídos, para que aceitemos a escravidão em troca de pseudos facilidades. (pseudos do Grego: falso, fingido, aparente)
* Administrador de empresas com especialização em Marketing