Por Leandro Silveira
A derrota do Santos por 3 a 2 para o Novorizontino, no domingo, ampliou o jejum do time, há três partidas sem vencer, mas pode ter sido importante para um jogador: Jean Mota. Até agora pouco aproveitado por Jesualdo Ferreira, o meia atuou pela primeira vez como titular em 2020 e recebeu elogios do treinador português, aumentando as esperanças de reconquistar seu espaço na equipe.
O cenário atual para Jean Mota é praticamente oposto ao vivido no Campeonato Paulista de 2019. Mesmo com o Santos sendo eliminado nas semifinais, o meia foi eleito o craque do torneio, além de ter sido um dos artilheiros. Era, inclusive, um dos jogadores de confiança do técnico Jorge Sampaoli no início da passagem do argentino pela Vila Belmiro.
Em 2020, porém, Jean Mota só havia atuado quatro vezes sob o comando de Jesualdo, todas saindo do banco de reservas, até receber a chance de substituir o uruguaio Carlos Sánchez, suspenso, na partida contra o Novorizontino. Durante o período de paralisação das competições, inclusive, despertou o interesse do Fortaleza, embora as negociações não tenham avançado.
Na Arena Corinthians, deu a assistência para o segundo gol de Marinho. Depois, foi exaltado por Jesualdo, que apontou a sua importância para o elenco. “É um jogador muito especial para determinados momentos do jogo, que não tem uma posição fixa no campo. Não é um médio, não é um avançado, não o vejo como um camisa 10, o vejo como um jogador que, quando a equipe precisa do melhor de verdade, de alguém que possa fazer algo diferente dentro de uma estrutura organizada, pode ajudar”, afirmou.
A partida contra o Novorizontino também foi importante para Jean Mota por uma marca alcançada. Ele chegou aos 250 jogos em sua carreira profissional, tendo celebrado o feito em publicação no seu perfil no Instagram. Com 26 anos, está no clube desde 2016, tendo passado antes por Fortaleza e Portuguesa. Pelo Santos, são 170 partidas, com 15 gols maçados.
“Por 250 vezes em minha carreira eu subi aos gramados como um jogador profissional. E sempre terei em mente que por 250 vezes, eu subi os degraus que levavam do vestiário ao campo com a plena certeza de que não estou trabalhando, estou vivendo o meu sonho. Com as camisas da Portuguesa, do Fortaleza e do Santos, vivi e vivo o sonho que tantos jovens ainda não conseguiram atingir. Por 250 vezes, e por muitas mais que ainda estão por vir, fui feliz”, escreveu.
No Santos, Jean Mota era visto como um curinga por Jair Ventura, técnico da equipe em parte da temporada 2018. No ano seguinte, com Sampaoli, foi uma das peças mais utilizadas, tendo entrado em campo 51 vezes na última temporada. Agora com Jesualdo, tenta aproveitar a retomada das competições para iniciar uma nova fase no clube.
Nesta quinta-feira, porém, com Sánchez livre para enfrentar a Ponte Preta, em partida marcada para as 21h30, na Vila Belmiro, Jean Mota voltará a figurar no banco de reservas do Santos, novamente à espera de um chamado do treinador português.