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Ribeirão pode ter trem turístico

A Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo abriu audiência pública virtual para ouvir a população sobre a criação de dez trens turísticos na malha ferroviária estadual, em trechos como Cruzeiro-Passa Quatro (MG) e Boituva – Laranjal Paulista, além de Ribeirão Preto-Tambaú. A pesquisa será realizada até o dia 12 de dezembro.

O objetivo da consulta é mapear as oportunidades de desenvolvimento do setor e enfrentar os principais desafios dos empreendedores com a missão de traçar as diretrizes para a produção de uma política de estado de fomento ao turismo ferroviário.

A construção do Plano Estadual de Turismo Ferroviário é um esforço de três secretarias de Estado: Turismo de São Paulo, Transportes Metropolitanos e Cultura, Economia e Indústria Criativas, além de autoridades municipais e organizações ligadas ao setor.

Um dos objetivos da política pública é estimular a retomada de um modal de grande apelo para o turismo, acrescentando pelo menos 10 trens turísticos à malha ferroviária de São Paulo, em trechos como Cruzeiro-Passa Quatro (MG), Boituva-Laranjal Paulista, Tambaú-Ribeirão Preto, entre outros.

O documento provisório ainda aguarda as contribuições da sociedade, mas já inclui um mapeamento das ferrovias e dos destinos turísticos de potencial, metas de curto, médio e longo prazos. “Com algumas adequações, podemos usar a mesma estrutura do transporte de carga para levar passageiros para os principais destinos do nosso estado”, afirma Roberto de Lucena, secretário Estadual de Turismo e Viagens.
“Atualmente temos apenas 300 quilômetros sendo usados para o turismo, mas esse número pode aumentar”,  Para responder ao questionário basta acessar o link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfjx6YSrr_68wOboQEKErJKH8PZ7T01j-FlkCI1A0jiD_niWA/viewform?pli=1

Marias-fumaças – Ribeirão Preto tem estudos para utilizar as marias-fumaças “Amália” e “Mogiana” em projetos de trem turístico, mas em trajetos mais curtos. A primeira foi restaurada e está na miniestação ferroviária Luiz Henrique Paschoalin, no Parque Maurílio Biagi, para visitação pública.

A maria-fumaça “Amália”, a locomotiva alemã Borsig retirada da praça Francisco Schmidt, na avenida Jerônimo Gonçalves, na divisa do Centro Velho com a Vila Tibério, Zona Oeste, em 18 de julho de 2020, foi completamente restaurada.

A miniestação foi inaugurada em 19 de junho, aniversário de 167 anos de Ribeirão Preto. A máquina foi restaurada no ano passado e aguardava a conclusão do novo abrigo para retornar a Ribeirão Preto. O valor do recinto previsto no edital de licitação era de até R$ 523.854,13.

Em uma segunda etapa (com alguns ajustes mecânicos) será possível que a locomotiva volte a funcionar para criar um passeio de trem no futuro, seguindo um roteiro turístico partindo de Ribeirão Preto. “Amália” é tombada pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto (Conppac).

Os trabalhos de restauração da locomotiva foram realizados pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), em Campinas. A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo investiu R$ 749 mil na restauração. Todos os componentes foram restaurados ou substituídos, quando não foi possível a recuperação.

O trabalho acompanhado por um profissional especializado em patrimônio cultural e ferroviário. A locomotiva Phantom, popularmente conhecida como maria-fumaça, pertencia a Usina Amália e em 1912 foi doada para Ribeirão Preto pelas Indústrias Matarazzo.

Borsig – O modelo é uma das três remanescentes do fabricante alemã Borsig no Brasil. As outras duas estão em Itapetininga e Jaguariúna. Abandonada, a ribeirão-pretana serviu durante muito tempo como dormitório de pessoas em situação de rua e também de abrigo para usuários de drogas.

Mogiana – Ribeirão Preto tem outra maria-fumaça, a “Mogiana”, instalada na antiga Estação Ferroviária Mogiana, na Zona Norte. A Câmara pediu e o Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto aprovou seu tombamento. Duas entidades pretendiam usar a locomotiva para projetos de “trem turístico”.

Agora, o Instituto da História do Trem quer levar a máquina para o futuro museu ferroviário de Ribeirão Preto. A locomotiva a vapor 420 foi projetada em 1893 para atender as necessidades da Companhia Mogiana na época. A informação chegou por meio do presidente do instituto, Denis Willian Esteves em visita ao gabinete do prefeito Duarte Nogueira (PSDB).
Trens turísticos  hoje no Estado
Expresso Turístico CPTM – Promove passeios que saem da Estação da Luz, no centro de São Paulo, para Jundiaí, Paranapiacaba ou Mogi das Cruzes. Os passeios são feitos em uma locomotiva a diesel, modelo Alco RS-3 de 1952 com duração de 1h30 de viagem.

Maria-fumaça de Campinas – A bordo de uma locomotiva de 1958, o visitante viaja pelos antigos trilhos da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro com destino a Jaguariúna. São seis estações durante o trajeto e, ao chegar ao final, o trem faz uma pausa de 30 a 40 minutos – a viagem tem duração total de 3h30.

Trem Republicano – Trem Republicano parte das estações de Itu e Salto. A ferrovia, com apenas sete quilômetros de extensão, foi determinante para a escolha de Itu como o local da primeira Convenção Republicana do país.

Trem de Guararema – O Trem de Guararema é operado pela Regional Sul de Minas da ABPF na cidade de Guararema. O trem parte da estação central de Guararema, km 426 do Ramal de São Paulo da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, e segue em direção à estação Luís Carlos, localizada no km 433 da ferrovia, na vila de mesmo nome, totalizando 14 km de passeio (ida e volta). 

 

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