Tribuna Ribeirão
Turismo

Um elo de amor e turismo

O melhor presente que alguém pode oferecer à mãe é a experiência de conhecer novos destinos, porque viajar proporciona alegrias, aprendizados e descobertas. O Brasil, diverso em cultura e opções de lazer, consegue contemplar vários perfis, seja ela aventureira ou “sossegada”. A proposta da Agência de Notícias do Turismo é que o Dia das Mães (13.05) traga histórias inspiradoras para que mais famílias peguem a estrada.

Na companhia um do outro, a viagem pode ser ainda melhor, fortalecendo o elo de amor criado após a maternidade. Dona Adailda Pereira, 69 anos, sabe bem o que isso significa. Foi o domingo de Dia das Mães de 2014 que fez com que ela e o filho Emanuel, 31, compartilhassem a afinidade de conhecer o Brasil e o mundo.

“Partiu dela a iniciativa de me chamar para viajar. Fica fácil aproveitar a companhia da minha mãe, pois ela é alto-astral e me deixa motivado”, explica o jovem para quem a idade da mãe não é empecilho, uma vez que Adailda encara os desafios conforme a possibilidade. “Em um de nossos passeios havia um morro muito íngreme e ela não daria conta de subir. Então, decidiu curtir a praia enquanto eu fazia a trilha, mostrando que com ela não tem tempo ruim”. A mãe virou inspiração para o filho e ele compartilha as viagens em seu Instagram.

Junto com o jovem, a aposentada já percorreu 15 países e dois grandes destinos turísticos brasileiros: Bonito (MS) e Jalapão (TO). “Eu e o Emanuel somos do tipo que leva uma vida de desapego a bens materiais para viajar. A gente fala um para o outro: Vamos? E quando vejo já estamos levando os planos a sério, pesquisando passagens promocionais, hotéis em conta e guardando dinheiro”, explica a aposentada, que, depois de ter conhecido os roteiros em Mato Grosso do Sul e Tocantins, se programa para visitar os Lençóis Maranhenses.

Outra mãe que tem como um dos maiores prazeres viajar na companhia das filhas é Vera Lúcia Cunha, 54. Junto a Patrícia, 26, e a Carolina, 23, ela conheceu nove destinos brasileiros e um internacional, sendo o mais marcante Itacaré (BA). Vera encara as viagens como uma forma de estar ainda mais perto das meninas e inclui os gastos com passagens no orçamento mensal e anual, comprando pacotes de viagens que podem ser pagos de forma parcelada. “Percebi que essa é uma maneira de sermos obrigadas, no bom sentido, a viajar, pois estamos investindo naquilo e precisamos usufruir. Ajudou bastante utilizar esse recurso, economizo na viagem e posso escolher um destino bacana”, narra.

O esforço da servidora aposentada em fazer com que ela e as filhas conheçam o Brasil acaba surtindo efeito no relacionamento das três, que já é bom, mas só melhorou, pois Vera tem as meninas como suas companheiras preferidas. “Elas estão entrando em uma nova fase da vida e sei que vão buscar outros rumos, como casamento e rotina de trabalho. Mas farei de tudo para prolongar essa nossa agenda. Sinto que a gente consegue colocar a conversa em dia e estarmos mais unidas durante os passeios”, finaliza.

 

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Vera e as filhas em Gramado (RS) e Salvador (BA). Crédito: reprodução Instagram 

BEBÊ A BORDO – Viajar a tiracolo com a mãe tem feito parte da rotina do pequeno Mikhael Codignoli, que tem apenas 11 meses, mas coleciona experiências de passeios. Com um mês de vida, o bebê brasiliense virou turista e conheceu Alto Paraíso (GO). Depois dessa viagem, o pequeno já desbravou, junto com seus pais Rayssa, 26, e Leonardo, 26, a Chapada dos Veadeiros (GO), a Chapada Diamantina (BA) e a cidade de São Carlos (SP).

Não parou mais. O próximo roteiro do neném está incerto, com os pais divididos entre escolher Manaus, Vale do Capão, na Bahia, ou alguma praia do Nordeste, para que Mikhael possa colocar os pezinhos na água salgada. E tem que ser água do mar mesmo, porque as de rio ele já conhece bem. Além das brasileiras, o bebê se aventurou na Índia e tomou banho no rio Ganges. “Para mim, viajar é poder mostrar a meu filho diferentes culturas e perspectivas. Acredito que isso incentive a autonomia dele na busca de uma vida sem medos, afinal, viajar requer coragem de ir rumo ao desconhecido”, explica Rayssa.

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Mikhael, Rayssa e Leonardo nas Chapadas Diamantina (BA) e Índia. Crédito: reprodução Facebook

A mamãe terapeuta reforça a importância de conciliar maternidade com outras áreas da vida e diz que passear com o bebê é uma maneira de acompanhar o crescimento dele sem abandonar seus próprios sonhos. “Quando decidi viajar com o Mikhael recebi muitas críticas. Acontece que eu Léo amamos fazer turismo e vimos no nosso filho um companheiro de viagem, que veio para somar e compartilhar experiências lindas conosco”, esclarece.

A terapeuta busca encorajar outras mamães a viajarem com seus filhos e coloca planejamento como pilar para que sonhos e projetos não fiquem de lado. “É claro que o bebê tem necessidades específicas, mas minha dica é que a mãe encare a estrada com alguns cuidados. Antes de viajar, a gente se programa para ver se é possível levá-lo de forma segura e confortável. Também mantenho um dinheiro extra para casos de emergência médica e, como meu bebê está na fase de introdução alimentar, nunca comemos em qualquer lugar: vamos conhecendo restaurantes confiáveis para suprir as necessidades dele”, diz a mamãe aventureira.

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